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Moderados, Exaltados e Caramurus no prelo carioca: os embates e as representações de Evaristo Ferreira da Veiga (1831-1835)

Moderados, Exaltados and Caramurus in the Rio de Janeiro press: the struggles and the representations of Evaristo Ferreira da Veiga (1831-1835)

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar os embates entre os distintos grupos políticos regenciais e as representações feitas de Evaristo Ferreira da Veiga em alguns dos jornais que circularam no Rio de Janeiro e que buscaram abalar a hegemonia então usufruída pela facção liberal moderada a que ele pertencia. No período analisado, entre 1831 e 1835, os moderados ocuparam a maior parte dos cargos de poder, mas nem por isso deixaram de ser atacados, tanto pelos adversários exaltados e caramurus, quanto por indivíduos que se diziam pertencentes ao mesmo grupo, embora não concordassem com todos os seus atos.

Palavras-chave:
imprensa; embates políticos; representações; Evaristo Ferreira da Veiga

Abstract

This article analyzes the struggles between different political groups of the Regency period and the representations of Evaristo Ferreira da Veiga in some of the newspapers published in Rio de Janeiro that sought to challenge the hegemonic position maintained by the moderate liberal wing to which he belonged. During the period under analysis, the moderados occupied the majority of power positions, something that did not put them apart from the attacks both from their exaltados and caramurus rivals, and from individuals claiming to belong to the same group despite not agreeing with all their acts.

Keywords:
press; political struggles; representations; Evaristo Ferreira da Veiga

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  • 1
    O trabalho é resultado de um projeto de pesquisa mais amplo que teve por objetivo analisar a trajetória política de Evaristo Ferreira da Veiga, desde 1827 até 1837, e contou com o apoio e financiamento do CNPq e da FAPEMIG.
  • 2
    Os originais pertencem ao acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e foram consultados a partir dos microfilmes adquiridos da referida instituição, que, posteriormente, foram digitalizados para facilitar a montagem do banco de dados de informações dos periódicos que fizeram parte do projeto de pesquisa.
  • 3
    SOUZA, Otávio Tarquínio de. História dos fundadores do Império do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1972, vol.5. p.274-281.
  • 4
    ANDRADE, Marcos Ferreira de. Família e política nas Regências: possibilidades interpretativas das cartas pessoais de Evaristo da Veiga (1836-1837). In: RIBEIRO, Glady Sabina; FERREIRA, Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz (orgs.). Linguagens e práticas da cidadania no século XIX. São Paulo: Alameda, 2010. p.254.
  • 5
    VALLADÃO, Alfredo. Campanha da Princeza (1821 -1909). Rio de Janeiro: Leuzinger S.A., 1940. p.123.
  • 6
    ANDRADE, Marcos Ferreira de. Família e política nas Regências..., Op. Cit.
  • 7
    VEIGA, Miranda. O Panfletário da Regência, p.16. Apud. SOUZA, Otávio Tarquínio. Op. Cit., p.299-300.
  • 8
    Ibidem, p.300-309.
  • 9
    MOREL, Marco. As transformações dos espaços públicos: imprensa, atores políticos e sociabilidades na cidade Imperial (1820-1840). São Paulo: HUCITEC, 2005. p.184.
  • 10
    ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado imperial brasileiro: Minas Gerais - Campanha da Princesa (1799-1850). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008. p.233.
  • 11
    BASILE, Marcello Otávio Neri de Campos. O Império em construção: projetos de Brasil e a ação política na Corte Regencial. Tese (Doutorado em História Social). Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. p.25.
  • 12
    Ibidem
  • 13
    MOREIRA, Luciano da Silva. Imprensa e política: espaço público e cultura política na província de Minas Gerais (1828-1842). Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. p.118.
  • 14
    BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.24.
  • 15
    Sobre o posicionamento da Aurora Fluminense no Primeiro Reinado e a leitura que fazia das facções políticas atuantes, ver o estudo inédito de CARVALHO, Janaína Silva. A Aurora Fluminense e o combate ao despotismo (1827-1831). Monografia (graduação em História). Universidade Federal de São João Del-Rei, São João Del-Rei, 2010.
  • 16
    O artigo 174 da Constituição de 1824 já estabelecia a possibilidade de reforma de alguns de seus artigos, depois de cumprido o prazo de quatro anos, caso houvesse proposição por escrito da Câmara dos Deputados, com aprovação de no mínimo um terço de seus membros. Ver: Constituição Política do Império do Brazil (de 25 de Março de 1824). Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constitui%C3%A7ao24.htm. Acessado em 20/03/2012. Por conseguinte, desde 1828 já começariam a surgir as primeiras reivindicações de reformas, as quais seriam prontamente rechaçadas pelo governo de D. Pedro I. E, já nos momentos finais do reinado desse monarca, durante a sua viagem a Minas, fizera uma proclamação aos cidadãos de Ouro Preto, para que o ajudassem no combate à facção que atentava contra a Constituição. A partir daquele momento, os moderados, que em geral não eram muito convencidos da necessidade das reformas das leis, passaram a apoiar em parte aos exaltados que militavam naquele sentido. E juntos, os dois grupos lograriam provocar a abdicação do Imperador. Entretanto, a união seria momentânea e, no contexto regencial, os moderados dominariam os postos de decisão. E ainda que fossem constantemente pressionados pelos exaltados e pela opinião pública, seriam eles que dariam a direção às reformas. Assim, no final das sessões legislativas de 1831, a Câmara dos Deputados, de maioria moderada, enviaria ao Senado um primeiro projeto de reformas, da autoria de Miranda Ribeiro, o qual somente seria devolvido bem próximo ao final da legislatura do ano seguinte. As emendas dos senadores suprimiram ou modificaram vários dos artigos do projeto e propuseram reformas em outros artigos constitucionais, as quais beneficiariam unicamente à sua Câmara. Diante da protelação do Senado, os moderados tentariam um golpe de Estado, no sentido de converter a Câmara dos Deputados em Assembléia Constituinte e fazer adotar a chamada Constituição de Pouso Alegre, que contemplava as principais reformas pretendidas. Entretanto, parte dos moderados não aderiu ao golpe e frustrou-se a iniciativa. Então a Câmara dos deputados conformar-se-ia com as reformas estipuladas na Lei de outubro de 1832, muito mais parecida com as emendas dos senadores do que com o projeto inicial. Ver: GUIMARÃES, Lucia Paschoal. Liberalismo moderado: Postulados ideológicos e práticas políticas no Período Regencial (1831-1837). In: _______; PRADO, Maria Emília (orgs.). O liberalismo no Brasil Imperial: origens, conceitos e prática. Rio de Janeiro: Revan: UFRJ, 2001. p.118-121; FILHO, Arnaldo Fazoli. O Período Regencial. São Paulo: Ática, 1990.
  • 17
    O artigo 175 estabelecia a forma em que deveriam ser apresentadas as proposições de reforma à Câmara dos Deputados. O artigo 176 versava sobre a expedição e sanção da Lei de Reformas confeccionada pelo Legislativo, a qual depois de promulgada deveria ser ainda apresentada aos eleitores dos deputados da seguinte legislatura para que lhes conferissem a faculdade de fazer tais alterações. O artigo 177 estipulava a maneira em que se faria propriamente a mudança ou adição à Constituição, depois de passar por todo o processo de discussões e deliberações legislativas. Por fim, o artigo 178 prescrevia a natureza dos artigos que eram constitucionais e que precisavam passar por todo o trâmite anterior para serem reformados. Os demais artigos da Constituição poderiam sofrer alteração ordinariamente, sem aquelas formalidades. Ver: Constituição Política do Império do Brazil (de 25 de Março de 1824). Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao24. htm. Acessado em 20/03/2012.
  • 18
    Aurora Fluminense, n.524, 29/08/1831, p.2222-2223. Todas as citações extraídas dos periódicos e utilizadas neste artigo foram ortograficamente atualizadas.
  • 19
    BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.25.
  • 20
    Aurora Fluminense, n.537, 30/09/1831, p.2279.
  • 21
    BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.25.
  • 22
    MOREL, Marco. Os primeiros passos da palavra impressa. In: MARTINS, Ana Luiza; LUCA, Tania Regina de (orgs.). História da imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008. p.39.
  • 23
    LUSTOSA, Isabel. Insultos impressos: A guerra dos jornalistas na Independência (1821-1823). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
  • 24
    CARVALHO, José Murilo de. História intelectual no Brasil: a retórica como chave de leitura. Topoi, Rio de Janeiro, n.1, p.139-141. Disponível em: http://www.ifcs.ufrj.br/~ppghis/pdf/topoi1a3.pdf Acessado em: 20/03/2012.
  • 25
    Ver: BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.136. O autor faz um pequeno levantamento bibliográfico da maioria dos redatores de impressos aqui consultados.
  • 26
    Aurora Fluminense, n.722, 16/01/1833, p.3086.
  • 27
    Biblioteca Nacional. Cartas de Evaristo Ferreira da Veiga ao irmão João Pedro da Veiga, 02/01/1837, I-02. Para uma análise mais pormenorizada dessas cartas, ver: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Família e política nas Regências..., Op. Cit.
  • 28
    MOREL, Marcos. O período das Regências (1831- -1840). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003. p.32.
  • 29
    GUIMARÃES, Lucia Maria Paschoal. Liberalismo Moderado..., Op. Cit., p.105.
  • 30
    Ver: WERNET, Augustin. As sociedades políticas da província de São Paulo na primeira metade do período Regencial. Tese (Doutorado em História Social). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1975; ______. Sociedades Políticas (18311832). São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 1978. GUIMARÃES, Lucia Maria Paschoal. Em nome da ordem e da moderação: a trajetória da Sociedade Defensora da Liberdade e da Independência Nacional. Dissertação (Mestrado). Instituto de Filosofia e Ciências Socias, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1990.
  • 31
    As Sociedades Defensoras também desempenharam um papel político importante na província de Minas Gerais, como por exemplo, a congênere que foi criada na vila de Campanha, no sul de Minas, e contava com a participação dos dois irmãos de Evaristo que ali residiam. Ver: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Família e política nas Regências..., Op. Cit., p.268.
  • 32
    Ver: LENHARO, Alcir. As tropas da moderação: o abastecimento da Corte na formação política do Brasil (1808-1842). São Paulo: Símbolo, 1979.
  • 33
    Ver: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado Imperial brasileiro...Op. Cit.
  • 34
    Princípio criado por Aristóteles, apropriado pelo constitucionalismo inglês do século XVII e mais tarde pelos doutrinários franceses da Restauração. Ver: BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.42.
  • 35
    Aurora Fluminense, n.573, 23/12/1831, p.2430.
  • 36
    RIBEIRO, Gladys Sabina. Causa nacional e cidadania: a participação popular e a autonomia na imprensa carioca do início dos anos 1830. In: NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira et al. (orgs.) História e imprensa: representações culturais e práticas de poder. Rio de Janeiro: DP&A, FAPEMIG, 2006. p.129.
  • 37
    Vários dos periódicos exaltados consultados não acreditavam na existência do grupo Caramuru, ou pelo menos julgavam que os moderados exageravam na extensão de seus membros, com o intuito de perseguir os patriotas que fizeram o 7 de Abril. Por outro lado, e contraditoriamente, julgavam que os caramurus ou restauradores estavam se fortalecendo por culpa dos próprios moderados, como veremos adiante. Ver por exemplo, O Sentinella da liberdade no Rio de Janeiro, n.1, 20/11/1832.
  • 38
    O Exaltado, n.1, 04/08/1831, p.2.
  • 39
    Aurora Fluminense, n.538, 30/09/1831, p.2273.
  • 40
    Identificamos essa divisão com base nas características apresentas por BASILE, Marcello Otávio Neri de Campos. O Império em construção..., Op. Cit.
  • 41
    Ibidem.
  • 42
    BASILE, Marcello Otávio Neri de Campos. Projetos de Brasil e Constituição Nacional na Imprensa Fluminense. In: NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira et al. (orgs.) História e imprensa, Op. Cit., p.68-74.
  • 43
    Idem, p.76-79.
  • 44
    Para maiores informações sobre a biografia do redator, ver: BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.141.
  • 45
    A Matraca dos Farroupilhas, n.1, 22/11/1831, p.1.
  • 46
    Ibidem.
  • 47
    Ibidem.
  • 48
    Ibidem.
  • 49
    Ibidem. Esses indivíduos eram áulicos de D. Pedro I.
  • 50
    Ibidem.
  • 51
    O direito de petição estava previsto na Constituição de 1824, mas ela deveria ser feita de forma pacífica.
  • 52
    Ver maiores detalhes em BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.260-277.
  • 53
    Referência aos conflitos entre portugueses e brasileiros que ficou conhecido como "Noite das Garrafadas". Ver: RIBEIRO, Gladys Sabina. A liberdade em construção: identidade nacional e conflitos antilusitanos no Primeiro Reinado. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2002.
  • 54
    A Matraca dos Farroupilhas, n.1, 22/11/1831, p.4.
  • 55
    O Clarim da Liberdade, n.7, 07/12/1831, p.41-42.
  • 56
    Idem, n.9, 14/12/1831, p.53.
  • 57
    Ibidem, p.54.
  • 58
    Ibidem.
  • 59
    Conforme o jornal Caramuru o redator de O Clarim da Liberdade era José Luiz Ferreira. Ver: BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.141.
  • 60
    O Clarim da Liberdade, n.9, 14/12/1831, p.54.
  • 61
    Referência a alguns juízes de paz, que assim se mostravam. Entre eles, João Pedro da Veiga, irmão de Evaristo e que residia na Corte.
  • 62
    Exaltados.
  • 63
    O redator.
  • 64
    O Jurujuba dos Farroupilhas, n.6, 26/09/1831, p.46. O Jurujuba era escrito por João Baptista de Queiroz, antes do mesmo iniciar a redação da Matraca.
  • 65
    MOREL, Marco. O período das Regências..., Op. Cit., p.21.
  • 66
    O Jurujuba dos Farroupilhas, n.10, 07/10/1831, p.73-75.
  • 67
    Referência à rebelião escrava haitiana que levou à independência da Colônia francesa de São Domingos, em 1790, e resultou no massacre de uma enorme população branca da ilha. Ver: JAMES, Cyril Lionel Robert. Jacobinos Negros: Toussaint L´ouverture e a renovação de São Domingo. São Paulo: Boitempo, 2000.
  • 68
    REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p.534.
  • 69
    Ver: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado Imperial brasile... Op. Cit. p.298-321. REIS, João José. Op. Cit.
  • 70
    O problema da escravidão não foi um tema muito recorrente nas matérias impressas nos jornais moderados, incluindo a Aurora Fluminense, embora esta tenha se dedicado um pouco mais sobre o assunto. Para uma discussão mais detalhada sobre a questão ver: BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit.; ANDRADE, Marcos Ferreira de. Imprensa moderada e escravidão: o debate sobre o fim do tráfico e temor do haitinismo no Brasil Regencial (1831-1835). Anais do 4º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Curitiba, Universidade Federal do Paraná, 13 a 15 de maio de 2009. p.1-25. Disponível em: http://www. escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos4/ marcosferreiradeandrade.pdf. Acessado em: 20/03/2012.
  • 71
    Aurora Fluminense, n.1019, 23 de fevereiro de 1835.
  • 72
    Idem, n.1032, 27 de março de 1835.
  • 73
    Idem, n.1034, 01 de abril de 1835.
  • 74
    MOREL, Marco. O período das regências..., Op. Cit., p.38.
  • 75
    Escritório Técnico do IPHAN de São João Del-Rei, Processo-crime de Insurreição (1833), caixa PC 29-01. Depoimento de Maria Joaquina do Espírito Santo, fls. 49. Ver: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado Imperial brasileiro...Op. Cit., p.306.
  • 76
    SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. 4ª. ed. (atualizada). Rio de Janeiro: Mauad, 1999. p.124.
  • 77
    O Evaristo, n.4, 19/10/1833, p.02.
  • 78
    GUIMARÃES, Lucia Paschoal. Liberalismo moderado..., Op. Cit., p.118-121; FILHO, Arnaldo Fazoli. O Período Regencial. São Paulo: Ática, 1990.
  • 79
    BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.138-139.
  • 80
    De acordo com a denominação judicial da época, um atentado contra a vida era também chamado de assassinato, mesmo que a vítima não falecesse.
  • 81
    O Sentinella da Liberdade do Rio de Janeiro, n.1, 20/11/1832, p.2-3.
  • 82
    Em seu início, a Sociedade Defensora funcionava como uma organização suprapartidária e nela conviviam moderados, exaltados e futuros caramurus. WERNET, Augustin. Op. Cit., p.75.
  • 83
    BASILE, Marcello Otávio Neri de Campos. Projetos de Brasil e Constituição Nacional..., Op. Cit., p.80-89.
  • 84
    Marcello Basile aponta que o redator não possuía esse título. Seu nome era Augusto Hugo Auf Hoiser e nasceu em Hanover, na Alemanha. BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.339.
  • 85
    O Carijó, n.3, 17/01/1832, p.3-4.
  • 86
    Idem, n.43,14/02/1833, p.187.
  • 87
    Ibidem.
  • 88
    Ibidem, p.185.
  • 89
    Idem, n.27, 05/07/1832, p.111.
  • 90
    Ibidem.
  • 91
    Ibidem.
  • 92
    Ibidem.
  • 93
    Em Março-Abril de 1831, no desenrolar do episódio da Noite das Garrafadas.
  • 94
    O Carijó, n.26, 30/06/1832, p.108.
  • 95
    BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.337.
  • 96
    O Caramuru, n.20, 05/09/1832, p.4.
  • 97
    Idem, n.3, 10/03/1832, p.1.
  • 98
    O Verdadeiro Caramuru, n.10, 21/06/1833, p.1
  • 99
    Ibidem.
  • 100
    D. Pedro I, n.2, 07/09/1833, p.3.
  • 101
    Aurora Fluminense, n.834, 28/10/1833, p.3557.
  • 102
    Ibidem.
  • 103
    BASILE, Marcello. O Império em construção..., Op. Cit., p.35-36.
  • 104
    O Sete d'Abril, n.4, 10/01/1833, p.2.
  • 105
    Idem, n.5, 15/01/1833, p.1-4.
  • 106
    Ibidem.
  • 107
    Ibidem.
  • 108
    Ibidem.
  • 109
    Ibidem.
  • 110
    Ibidem.
  • 111
    Ibidem.
  • 112
    Idem, n.115-Extraordinário, 30/01/1834, p.1-3.
  • 113
    Idem, n.117, 04/02/1834, p.1-2.
  • 114
    Folhas ministeriais do Primeiro Reinado.
  • 115
    O Sete d'Abril, n.117, 04/02/1834, p.1-2.
  • 116
    Idem, n.187, 11/10/1834, p.1-2.
  • 117
    Idem, n.215, 24/01/1835, p.4.
  • 118
    Biblioteca Nacional. Cartas de Evaristo da Veiga ao irmão João Pedro da Veiga. 13/12/1836. I-02. Apud. ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado Imperial brasileiro...Op. Cit., p.141.
  • 119
    O Sete d'Abril, n.265, 28/07/1835, p.3.
  • 120
    Idem, n.258, 30/06/1835, p.1.
  • 121
    Idem, n.265, 28/07/1835, p.3-4.
  • 122
    Proposta defendida pelo Sete, na ocasião da eleição do regente uno. Talvez o redator do Sete estivesse com medo da eleição de Feijó, o qual tinha maior afinidade com Evaristo.
  • 123
    O Sete d'Abril, n.265, 28/07/1835, p.3-4.
  • 124
    Ibidem.
  • 125
    Ibidem.
  • 126
    Ibidem.
  • 127
    Ibidem.
  • 128
    Idem, n.269, 11/08/1835, p.3
  • 129
    Idem, n.262, 14/07/1835, p.4.
  • 130
    Maiores detalhes sobre a primeira e única viagem de Evaristo ao Sul de Minas Gerais ficaram registradas por sua própria pena, desde a saída da Corte, em novembro de 1836, durante os meses que ficou em companhia dos irmãos na vila de Campanha, até o seu retorno à cidade do Rio de Janeiro, no início de maio de 1837. Tratase de 19 cartas que Evaristo da Veiga escreveu para o seu irmão João Pedro da Veiga, que residia no Rio de Janeiro, dando detalhes de sua viagem, estadia na vila de Campanha, notícias dos irmãos que ali residiam e dos parentes que não conhecia; alguns comentários sobre o contexto político e informações sobre o seu retorno à Corte. Essas correspondências foram analisadas pioneiramente por Otávio Tarquínio e, mais recentemente, por Marcos Andrade. Ver. SOUZA, Otávio Tarquinio. Op. Cit.; ANDRADE, Marcos Ferreira de. Família e política nas Regências..., Op. Cit.
  • 131
    O Sete d'Abril, n.294, 14/11/1835, p.4
  • 132
    Idem, n.288, 24/10/1835, p.4.
  • 133
    Idem.
  • 134
    Arquivo Nacional. Inventário Post-Mortem Evaristo Ferreira da Veiga. 1837. Maço 442, n.8532, p.7.
  • 135
    A noção de "representações" utilizada neste trabalho aproxima-se daquela defendida por Le Goff, o qual assevera que "o campo das representações engloba todas e quaisquer traduções mentais de uma realidade exterior percebida", e está ligado ao processo de abstração. Ver. LE GOFF, Jacques. O imaginário Medieval. Lisboa: Estampa, 1994. p.11. Também Roger Chartier se exprimirará de tal forma, acrescentando que as representações inseremse "em um campo de concorrências e de competições cujos desafios se enunciam em termos de poder e de dominação", produzindo verdadeiras "lutas de representações." Desta forma, o modelo apresentado por Chartier para uma análise da História Cultural também é adequado para a História Política, posto que por meio das lutas de representações, podemos acompanhar as disputas travadas em torno do poder. Ver. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Tradução de Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990. p.17. Idem. À beira da falésia: a história entre incertezas e inquietude. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002. p.73.
  • 136
    MOTTA, Rodrigo Patto Sá (org.). Culturas políticas na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009. p.23.
  • 137
    ANDRADE, Marcos Ferreira de. Família e política nas Regências..., Op. Cit., p.261-265.
  • 138
    SOUZA, Otávio Tarquinio de. Op. Cit.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2012

Histórico

  • Recebido
    Mar 2012
  • Aceito
    Set 2012
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