Resumo
O objetivo do estudo foi comparar o consumo de água de dessedentação de bovinos mensurado de forma eletrônica ou por observação direta com hidrômetro e analisar se o sistema automatizado compensa devido à sua maior precisão. Esse estudo foi realizado na Embrapa Pecuária Sudeste. A unidade de referência possuía quatro baias: duas com sistemas de bebedouros eletrônicos e duas com hidrômetros. A base de dados usada para a avaliação dos equipamentos foi originada de dois experimentos. O experimento 1 utilizou 52 animais Nelore e o experimento 2 utilizou 44 animais Canchim. Nelores alimentados com dieta convencional e com acesso ao bebedouro eletrônico apresentaram a mediana da ingestão de água diária (IAD) maior do que os animais com acesso ao bebedouro com hidrômetro, 17,9 L dia-1 e 15,6 L dia-1. O inverso foi observado para animais alimentados com dieta de co-produto, a IAD mediana do bebedouro eletrônico foi 18,9 L dia-1 e para baia com hidrômetro foi de 23,0 L dia-1. Para o Canchim, a IAD mediana da baia com hidrômetro foi menor do que o grupo com bebedouro eletrônico, 25,9 L dia-1 e 27,8 L dia-1, respectivamente. No experimento 1 houve diferença estatística entre os dois conjuntos de equipamentos para ambas dietas. No experimento 2, os animais eram da mesma raça, tinham peso similar e foram alimentados com a mesma dieta. Não houve diferença estatística entre os equipamentos nestas condições. Os resultados indicam que o hidrômetro pode ter o mesmo desempenho do bebedouro eletrônico a um custo mais baixo. Se um sistema mais simplificado para mensuração do consumo de água tem o mesmo desempenho do sistema automatizado, isto justificará seu uso com vantagens ambientais e econômicas.
Palavras-chave:
bebedouro eletrônico; hidrômetro; pecuária de precisão