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Comentário II: Sobre processos curatoriais em política científica

Comment II: On curatorial processes in scientific policy

O artigo “Princípios para a curadoria técnica do acervo entomológico do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo”, elaborado pela equipe do Laboratório de Sistemática, Evolução e Biologia de Hymenoptera do museu, enumera questões da maior relevância para discussões absolutamente atuais e centrais sobre a importância - nem sempre reconhecida - de todos os tipos de coleções, inclusive as entomológicas. Como os autores concluem, “as coleções representam o conhecimento acumulado sobre a biodiversidade passada e presente, fornecendo informações valiosas para as decisões sobre políticas públicas e projeções de cenários, além de constituírem uma fonte inesgotável de informação essencial”2 2 Brandão et al. (2021, p. 16). para desafios futuros.

O texto em si já é um desafio. Li o texto à luz de duas questões que se intercruzam. Sem dúvida, por um lado, minha leitura considerou os entendimentos sobre curadoria propostos por vários autores e autoras do campo museológico,3 3 Cf. Bruno (2008). já que a curadoria dos acervos entomológicos é a temática central, extensivamente explorada no texto. Por outro lado, minha leitura partiu de uma ideia que Samuel Alberti4 4 Alberti (2005). expõe há algum tempo e que temos buscado ressaltar em diversas oportunidades: as coleções e museus de história natural/ciências, particularmente do século XX, ocupam ainda um espaço restrito nos estudos museológicos, diante do volume de pesquisas dos museus de arte, antropológicos e históricos. Além disso, destaco a contribuição dos autores do artigo quanto à necessária superação de um persistente gap na produção científica/museológica/histórica no país em relação às trajetórias de objetos e coleções dos museus de história natural e ou de ciências naturais dos séculos XX e XXI.

A temática central do artigo, a descrição densa dos processos curatoriais da seção de entomologia do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), é precedida de breves menções a construções historiográficas sobre a história dos museus de história natural e do próprio MZ-USP. É por aí que inicio a difícil tarefa de propor alguns comentários sobre temáticas suscitadas em minha leitura. Trata-se de um texto que pode ser entendido também como um resgate histórico de parte do patrimônio científico do museu.

Acompanhando as menções dos autores, que se remetem à já ampla e erudita produção acadêmica sobre o colecionismo europeu dos séculos XVI e XVII, relembro que cada vez mais, desde pelo menos os anos 1980, especialmente no cenário internacional, o interesse analítico e crítico pelos espaços construtores da história natural - os gabinetes dos scholars, dos padres, dos príncipes e das universidades do mundo ocidental dos séculos XVI e XVII - entraram na ordem do dia. Muitos de seus catálogos, reimpressos ou disponíveis na internet, têm aumentado no Brasil a familiaridade com esse universo, muitas vezes pouco compreendido por literaturas locais, e, sobretudo, têm merecido pesquisas internacionais de fôlego, entre as quais o seminário internacional que originou o Journal of the History of Collections é o exemplo seminal.5 5 Cf. Impey e MacGregor (1985). Escolher algumas breves menções nesse universo não é fácil. Mas os autores o fizeram exatamente a partir de publicações relacionadas às ciências biológicas, o que amplia um quadro de referências bibliográficas e evidencia o diversificado interesse na literatura internacional pela pesquisa dos gabinetes dos eruditos nas várias e específicas áreas disciplinares.

Na primeira parte do texto a ênfase dos autores recai sobre o país, na sempre lembrada história das origens do atual Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a “Casa dos Pássaros”. Mesmo a bibliografia mais atual, nunca é demais lembrar, continua não incorporando a herança constitutiva e bem documentada do Gabinete de Mineralogia da Academia Real Militar e de seus dois curadores e primeiros diretores do Museu Real, de 1818.6 6 Cf. Lopes (2009). Avançando a partir do quadro nacional para São Paulo, são retomadas as origens, desde o século XIX, do atual MZ-USP: coleções particulares, a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo e, claro, o Museu Paulista,7 7 Cf. Grola, Carvalho e Barbuy (2016). que atualmente contam com expressivas interpretações, inclusive dos pesquisadores do MZ-USP.

O Museu Paulista de von Ihering, já proposto como um museu especializado em zoo e paleozoologia sul-americana, não descuidou à época dos outros diversos interesses do diretor nas áreas de etnografia, antropologia, zoologia, ecologia, e até história.8 8 Cf. Lopes (2020). É notório como Taunay, posteriormente, mesmo conservando e ampliando a rede de relações político-científicas nacionais no campo da biologia, explicitamente explicou a necessidade de colocar em segundo plano as ciências zoológicas, em favor da construção de uma história para um passado de São Paulo, às vésperas das comemorações do centenário da Independência.9 9 Cf. Brefe (2005).

Quando os autores nos levam, já nos anos 1930, para o novo edifício do Museu de Zoologia, surgem questões que parecem articular com mais força a história e a curadoria, além de indicações sobre um dos itens centrais do texto: a importância das políticas científicas nacionais e internacionais para preservar o patrimônio científico usualmente entendido como “natural”. A partir de um espaço próprio para o museu, que passou a abrigar coleções herdadas e novas, acompanhamos alguns marcos da história da biologia e das políticas científicas. Entre outros aspectos são mencionados as mudanças de paradigma na taxonomia zoológica, nos avanços da genética, nas teorias de classificações, na disponibilidade de ferramentas cooperativas digitais, bem como de ferramentas moleculares, que passaram a exigir novas formas de colecionismo, bancos de tecidos e depositários de informação genética. Indo além, os mecanismos de caráter protecionista e mesmo judicial, a partir da convenção sobre diversidade biológica, ampliaram o escopo das responsabilidades dos museus em relação a suas coleções.

Acompanhando os autores, percebemos como as exigências de cada mudança diversificaram e impactaram o tratamento das coleções, ampliando a importância de seus processos curatoriais e exigindo cada vez mais estudos e cooperação interdisciplinar a fim de preservar um patrimônio científico que conta com 120 anos de história e cerca de 8 milhões de exemplares de insetos.

Um debate mais amplo a ser travado no âmbito não só das diferentes áreas disciplinares da universidade, mas também das políticas públicas, se refere justamente à importância e à responsabilidade das instituições públicas na preservação de seus patrimônios científicos de qualquer área de conhecimento. Acompanhando as leituras do que a bibliografia internacional cunhou como “museus perdidos” (lost museums),10 10 Cf. Lubar et al. (2017). evidentemente ainda impactada pela perda de parte significativa das coleções do Museu Nacional, subordinado às prioridades da UFRJ e aos orçamentos do Estado brasileiro, e a ainda não esquecida perda de coleções do Museu Biológico do Instituto Butantan, percebe-se que o debate sobre curadoria de coleções reclama urgência. Museus e coleções sem apoio institucional, financeiro e de pessoal qualificado para enfrentar os desafios colocados tendem a desaparecer em razão da complexidade das coleções entomológicas.

Priorizar a investigação de coleções e objetos de qualquer ordem acolhidos nos museus, por meio de pesquisas específicas e interdisciplinares que propiciem diferentes olhares sobre um mesmo acervo, pode ser um dos caminhos para reconhecer seus valores enquanto patrimônios científicos a merecer valorização e proteção. Um caminho para essa valorização, que inclusive começa a ser esboçado no texto, poderia ser “seguir as coleções” (following the collections), como vários autores propõem.11 11 Cf. Lourenço e Gessner (2014). Isto é, seguir as coleções em suas descrições densas, em seus aspectos singulares, que influenciam suas trajetórias até chegar aos museus, em seus aspectos mais amplos e em suas mudanças de significados no interior das áreas disciplinares e dos próprios museus e coleções. A nomeação de personagens históricos responsáveis pelas coleções atuais do Museu de Zoologia sugere que as coleções podem trazer à tona, em razão de seus mecanismos de aquisição, pesquisa e publicização, a visibilidade das vinculações, muitas vezes inalienáveis, entre pesquisadores, coletores, voluntários - mais ou menos conhecidos - e objetos. Estes podem ser entendidos como recursos valiosos para traçar as mudanças dos sistemas de classificação, dos quadros teóricos, dos debates sobre os objetos, enfim, da história das ciências, ainda tão carentes entre nós em diversas áreas disciplinares.

Embora todo o texto pudesse merecer muitos outros comentários, gostaria de destacar que me interessou especialmente a maneira como (e que não poderia ser diferente) os autores inseriram as práticas curatoriais de sua coleção específica no âmbito das políticas científicas, patrimoniais e públicas nacionais e internacionais.

Identifico em cada um dos procedimentos de curadoria dos acervos entomológicos descritos pelos autores os entendimentos propostos muitas vezes por Ulpiano Bezerra de Meneses, sobre a curadoria como um ciclo completo de todas as ações que envolvem um acervo.12 12 Meneses (1994). Além disso, como também propõe Marília Xavier Cury, trata-se de parte fundamental da musealização no processo completo e complexo de todas as práticas que interligam o objeto museológico e seus cuidados materiais, documentais e de musealidade.13 13 Cury (2021). Pode-se argumentar sobre diferentes entendimentos dos processos curatoriais em função das especificidades e enfoques de cada área disciplinar, seja na museologia, na história, nas artes ou na entomologia, seja em função de tradições locais de diferentes países. E essa é a riqueza de conceitos abrangentes. A equipe do Laboratório de Sistemática, Evolução e Biologia de Hymenoptera do MZ-USP segue, a meu ver, um a um, os entendimentos que mais unem do que diferenciam tais especificidades.

Cada uma das dimensões enunciadas por Ulpiano Bezerra de Meneses está presente no texto, a começar pela “orientação científica”, que envolve desde o estudo científico e documental até o amplo acesso, apresentação e circulação do patrimônio e do conhecimento produzido. Além disso, poderíamos incluir na orientação científica a política científica a que se subordinam as esferas específicas de atividades curatoriais de um museu, mesmo que algumas exigências dessas orientações e políticas dificultem a interpretação e o cumprimento de normas, conforme a opinião dos autores. No caso dos processos curatoriais do MZ-USP, estes estão inseridos nos marcos regulatórios da “Convenção sobre o comércio internacional das espécies da flora e da fauna selvagem em perigo de extinção”, das normativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, das legislações sobre biodiversidade do país, que regulamentam e exigem cadastros para acesso ao material biológico e ao conhecimento tradicional que lhe é associado, e das legislações sobre patrimônio genético brasileiro, coleta e transporte de material biológico.

Esses são temas que, a partir da investigação das próprias coleções dos museus, podem ser ampliados, questões ambientais urgentes e em quase constante risco cada vez mais no país, conferindo “agência” às suas coleções, os museus como MZ-USP não poderiam diversificar e ampliar suas capacidades de facilitar papéis mais ativos para audiências mais amplas que seus próprios pesquisadores e estudantes para se tornarem conscientes dos processos de tomadas de decisões em questões de políticas científicas ambientais? Não faltam autores e atores, mas talvez os museus, mesmo a partir de pequenos insetos, possam atrair públicos mais amplos para reconhecerem que as questões ambientais são suficientemente complexas e importantes para serem negadas.

Continuando com minha identificação das proposições do professor Ulpiano, no texto não faltam a “formação e o desenvolvimento das coleções”, explicitadas pelo histórico inicial do artigo. Tampouco faltam os aspectos detalhadíssimos de sua “conservação física e soluções de armazenamento”, a exemplo do controle das condições de iluminação; dos procedimentos de preparação dos insetos ou de lâminas na coleção entomológica, descritos detalhada e didaticamente, ou dos espécimes conservados em álcool ou mantidos secos em tubos. Além disso, o texto aborda as novas tecnologias, inclusive de digitalização de acervos complexos como os entomológicos, que têm sido apontadas como recursos para conservação e mesmo para a perda de coleções - apesar de seus problemas intrínsecos de conservação, dado o aumento vertiginoso das novas tecnologias.

As dimensões inerentes aos processos curatoriais identificadas pelo professor Ulpiano relacionadas às necessidades de “medidas de manutenção e restauração” estão presentes no caso, em função de possíveis infestações de fungos, necessidade de climatização, exame constante da coleção e detalhes de caixas, gavetas e armários. Mencionar caixas e gavetas não é apenas um detalhe menor de procedimentos práticos. Se me lembro bem, von Ihering, ainda no Museu Paulista, tinha seus cerca de 17 mil exemplares de conchas de moluscos fósseis e viventes - que em grande parte foram parar no Museu de Buenos Aires14 14 Cf. Podgorny e Lopes (2014). - cuidadosamente guardados em 480 gavetas no museu. Descrição também de detalhes que possibilitam a historiadores das ciências e museólogos indícios importantes sobre a amplitude das pesquisas científicas realizadas, bem como considerações a respeito de como se configuravam e configuram reservas técnicas em museus, por exemplo. Para não mencionar o potencial que acervos como estes do MZ-USP possuem para, seguindo estratégias de curadoria, otimizar espaços e divulgar procedimentos de pesquisa combinados com exposições públicas de suas reservas técnicas, como no Museu Humboldt, em Berlim.

A menção dos autores ao tratamento e a procedimentos específicos para cada grupo de insetos não pôde deixar de me relembrar os cuidados sobre como “alfinetar borboletas” com que Bruno Latour15 15 Latour (1987). sintetizou toda uma necessidade de conhecimentos sofisticados com que os naturalistas europeus deveriam estar munidos para empreender suas viagens aos mundos que desconheciam, que originaram as grandes coleções armazenadas nos museus e continuam necessários aos rigorosos procedimentos de coleta e conservação de espécimes. Financiamentos, deveria ser desnecessário dizer, são cada vez mais necessários para a continuidade de quaisquer processos curatoriais.

Esses comentários ao texto se colocam aqui no sentido de problematizar os autores para novas contribuições à história do MZ-USP, a continuarem a contribuir para o avanço da museologia e da história das ciências a partir das perspectivas e abordagens de suas próprias áreas disciplinares específicas. Aguardamos novas histórias necessárias ainda, com toda a densidade que mereceram os processos curatoriais dos acervos entomológicos, que talvez “modestamente”, os autores denominaram de procedimentos práticos.

LIVROS, ARTIGOS E TESES

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    » https://doi.org/10.1086/498593
  • BRANDÃO, Carlos Roberto Ferreira et al Princípios para a curadoria técnica do acervo entomológico do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 29, p. 1-20, 2021. Doi: <https://orcid.org/0000-0002-4689-5845>.
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  • CURY, Marília Xavier. Política de gestão de coleções: curadoria indígena, processo colaborativo e museu universitário. Revista CPC, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 165-191, 2021. Doi: <https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v15i30espp165-191>.
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  • GROLA, Diego Amorim; CARVALHO, Paula Carolina de Andrade; BARBUY, Heloisa. Nurturing collecting and the trade in objects: the formation of the Museu Paulista, 1850s-1910s. Museum History Journal, London, v. 9, n. 1, p. 93-107, 2016. Doi: <https://doi.org/10.1080/19369816.2015.1118253>.
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  • PODGORNY, Irina; LOPES, Maria Margaret. El desierto en una vitrina: museos e historia natural en la Argentina, 1810-1890. Rosario: Protohistoria, 2014.
  • 2
    Brandão et al. (2021BRANDÃO, Carlos Roberto Ferreira et al. Princípios para a curadoria técnica do acervo entomológico do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 29, p. 1-20, 2021. Doi: <https://orcid.org/0000-0002-4689-5845>.
    https://orcid.org/0000-0002-4689-5845...
    , p. 16).
  • 3
    Cf. Bruno (2008BRUNO, Maria Cristina Oliveira. Definição de Curadoria: os caminhos do enquadramento, tratamento e extroversão da herança cultural. In: JULIÃO, Letícia; BITTENCOURT, José Neves (eds.). Cadernos de diretrizes museológicas. Belo Horizonte: Secretaria Estadual da Cultura, 2008. p. 14-33.).
  • 4
    Alberti (2005ALBERTI, Samuel. Objects and the museum. Isis, Chicago, v. 96, n. 4, p. 559-571, 2005. Doi: <https://doi.org/10.1086/498593>.
    https://doi.org/10.1086/498593...
    ).
  • 5
    Cf. Impey e MacGregor (1985IMPEY, Oliver; MACGREGOR, Arthur. The origins of museums: the cabinet of curiosities in sixteenth and seventeenth century Europe. Oxford: Clarendon, 1985.).
  • 6
    Cf. Lopes (2009LOPES, Maria Margaret. O Brasil descobre a pesquisa científica: as ciências naturais e os museus no século XIX. São Paulo: Hucitec, 2009.).
  • 7
    Cf. Grola, Carvalho e Barbuy (2016GROLA, Diego Amorim; CARVALHO, Paula Carolina de Andrade; BARBUY, Heloisa. Nurturing collecting and the trade in objects: the formation of the Museu Paulista, 1850s-1910s. Museum History Journal, London, v. 9, n. 1, p. 93-107, 2016. Doi: <https://doi.org/10.1080/19369816.2015.1118253>.
    https://doi.org/10.1080/19369816.2015.11...
    ).
  • 8
    Cf. Lopes (2020LOPES, Maria Margaret. Cataloguing the fauna of deep time: paleontological collections in Brazil in the beginning of the 20th century. Colligo, Saint-Vallier, v. 3, n. 3, p. 1-12, 2020.).
  • 9
    Cf. Brefe (2005BREFE, Ana Cláudia Fonseca. O Museu Paulista: Affonso de Taunay e a memória nacional 1917-1945. São Paulo: Editora Unesp, 2005.).
  • 10
    Cf. Lubar et al. (2017LUBAR, Steven et al. Lost museums. Museum History Journal , London, v. 10, n. 1, p. 1-14, 2017. Doi: <https://doi.org/10.1080/19369816.2016.1259330>.
    https://doi.org/10.1080/19369816.2016.12...
    ).
  • 11
    Cf. Lourenço e Gessner (2014LOURENÇO, Marta Catarina; GESSNER, Samuel. Documenting collections: cornerstones for more history of science in museums. Science & Education, New York, v. 23, n. 4, p. 727-745, 2014. Doi: <https://doi.org/10.1007/s11191-012-9568-z>.
    https://doi.org/10.1007/s11191-012-9568-...
    ).
  • 12
    Meneses (1994MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. Do teatro da memória ao laboratório da história: a exposição museológica e o conhecimento histórico. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 9-42, 1994. Doi: <https://doi.org/10.1590/S0101-47141994000100002>.
    https://doi.org/10.1590/S0101-4714199400...
    ).
  • 13
    Cury (2021CURY, Marília Xavier. Política de gestão de coleções: curadoria indígena, processo colaborativo e museu universitário. Revista CPC, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 165-191, 2021. Doi: <https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v15i30espp165-191>.
    https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466....
    ).
  • 14
    Cf. Podgorny e Lopes (2014PODGORNY, Irina; LOPES, Maria Margaret. El desierto en una vitrina: museos e historia natural en la Argentina, 1810-1890. Rosario: Protohistoria, 2014.).
  • 15
    Latour (1987LATOUR, Bruno. Science in action: how to follow scientists and engineers through society. Milton Keynes: Open University Press, 1987.).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Set 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    01 Nov 2020
  • Aceito
    30 Nov 2020
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