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Cultura material e trabalho nos serviços de mineração do Distrito Diamantino (Minas Gerais, século XVIII) ¹ 1 Este texto é resultado de dissertação de mestrado defendida em abril de 2017 no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação do Prof. Dr. José Newton Coelho Meneses. A pesquisa contou com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do Programa de Excelência Acadêmica (Proex). Cf. Quintão (2017).

Material culture and work in the mining services of the Diamantino District (Minas Gerais, eighteenth century)

RESUMO

Com o propósito de intensificar o controle sobre a produção e o comércio de diamantes na segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa criou a Real Extração. De 1772 em diante, esta nova administração passou a adquirir em mercados locais e europeus tudo que fosse necessário à extração das pedras preciosas e à sobrevivência de seus empregados no Distrito Diamantino. Neste artigo, estuda-se esse abastecimento pela perspectiva da cultura material, com o objetivo de evidenciar as relações possíveis entre os elementos materiais utilizados no cotidiano da extração e o trabalho de centenas de empregados e milhares de escravos. Assim, materiais para mineração, materiais de escritório, tecidos e aviamentos, artigos de luxo, drogas de botica e alimentos não serão apenas descritos, mas analisados naquele contexto social específico. O estudo da interação entre homens e objetos, longe de se apresentar como trivial, desvela o funcionamento de um mundo do trabalho ainda pouco conhecido pela historiografia da mineração.

PALAVRAS-CHAVE:
Cultura material; Mineração; Diamantes; Real Extração; Trabalho

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