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Crianças respiradoras bucais apresentam padrão cefalométrico semelhante àquele observado em pacientes adultos com síndrome da apnéia obstrutiva do sono

OBJETIVO: Determinar se crianças respiradoras bucais apresentam o mesmo padrão cefalométrico que os pacientes que tem síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS). MÉTODO: Foram traçadas radiografias laterais verticais da cabeça para a mensuração das variáveis cefalométricas. As medidas cefalométricas de 52 crianças respiradoras bucais e de 90 crianças respiradoras nasais foram comparadas à de pacientes com apnéia. Foram excluídas as crianças que haviam sido submetidas à cirurgia de remoção de amídalas ou adenóides, ou que haviam recebido tratamento ortodôntico prévio ou em andamento. RESULTADOS: As crianças respiradoras bucais apresentaram o mesmo padrão cefalométrico observado em pacientes com SAOS: tendência a ter retrusão de mandíbula (p=0,05), assim como uma maior inclinação dos planos mandibular e oclusal (p<0,01) e tendência a ter maior inclinação dos incisivos superiores (p=0,08). O espaço da nasofaringe e o espaço aéreo posterior se apresentaram muito diminuídos nas crianças respiradoras bucais, como é observado em pacientes com SAOS (p<0,01). CONCLUSÃO: Crianças respiradoras bucais apresentam padrão cefalométrico alterado e sua morfologia craniofacial é semelhante àquela observada em pacientes com SAOS.

cefalometria; respiração bucal; apnéia obstrutiva do sono


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