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Predisposição a acidose metabólica induzida por topiramato

INTRODUÇÃO: Acidose metabólica induzida por topiramato é evento adverso pouco frequente, mas bem documentado. Nosso objetivo foi demonstrar a diminuição dos níveis de dióxido de carbono, muitas vezes assintomática, mas que pode predispor ao aparecimento de acidose metabólica. MATERIAL E MÉTODO: Avaliamos prospectivamente os níveis de dióxido de carbono de 18 pacientes acompanhados no ambulatório de epilepsia infantil da UNICAMP, antes e 3 meses após o início do uso de topiramato. RESULTADOS: Foram avaliados 18 pacientes com idade entre 2 e 16 anos (média = 9,3 anos). Cinco pacientes eram do sexo feminino e 13, do sexo masculino. Os níveis médios de dióxido de carbono antes e após o uso de topiramato foram 25 e 21,2 mmol/L (normal = 22 a 30), respectivamente. A dose de topiramato utilizada foi 2,08 a 11,76 mg/kg/dia (média = 6,7 mg/kg/dia). Os eventos adversos mais frequentes foram anorexia, nausea e sonolência. CONCLUSÃO: Concluímos que a diminuição dos níveis de dióxido de carbono induzida por topiramato é na maioria das vezes assintomática entretanto, pode predispor à ocorrência de acidose metabólica. Como o topiramato é utilizado frequentemente no tratamento de epilepsia de difícil controle, os pacientes em uso desta medicação quando submetidos à cirurgia de epilepsia devem ser monitorizados, principalmente durante o intraoperatório, quanto à possibilidade de apresentarem acidose metabólica.

topiramato; acidose metabólica; nefrolitíase


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