OBJETIVOS: Para estudar a morfologia e o tamanho das fibras musculares, foram comparadas cortes transversos do bíceps braquial autopsiados, até 9 horas após o óbito, com biopsias musculares, em 72 indivíduos de ambos os sexos e idades entre 13 e 84 anos. MÉTODO: As amostras das autópsias (n=47) foram obtidas de indivíduos que morreram subitamente, ou após uma doença aguda sem evidência de comprometimento neuromuscular. As biópsias (n=25) foram obtidas de pacientes com sintomas sugestivos de miopatias inflamatória ou metabólica, não confirmadas morfologicamente. O diâmetro menor das fibras foi obtido usando a reação de ATPase. RESULTADOS: A análise morfológica mostrou que as mudanças induzidas pelo envelhecimento estiveram presentes a partir da sexta década para autópsias e consistiu de atrofia e grupamento de tipo. O modelo estatístico ajustado para mulheres, para autópsias e biópsias, foi linear e não indicou variação do tamanho das fibras com o aumento da idade. O modelo ajustado para homens, para ambos os casos, foi quadrático, indicando que a idade influenciou o tamanho dos diferentes tipos de fibras. Para homens, as fibras tipo 2 apresentaram-se maiores que as de tipo 1, e maiores que as das mulheres. CONCLUSÃO: Os valores encontrados podem ser úteis como controles, auxiliando na interpretação de modificações no tamanho das fibras para amostras provindas de biópsia e autópsia.
biceps braquial; morfometria; envelhecimento; autópsia; biópsia muscular