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ANÁLISES DE LIVROS

GENETICS OF FOCAL EPILEPSIES: CLINICAL ASPECTS AND MOLECULAR BIOLOGY. S. F. BERKOVIC, P. GENTON, E. HIRSCH, F. PICARD (editores). Um volume (17,5x26 cm) encadernado com 286 páginas. ISBN 0 86196 569 8. London, 1999: John Libbey & Co. Ltd. (13 Smiths Yard, Summerley Street, London SW18 4HR, England).

Esta obra prima de livro resume em seus 27 capítulos os mais recentes achados sobre os aspectos genéticos das epilepsias parciais, recentemente apresentados durante um encontro em Avignon, na França. Os autores, no total 77, são indiscutivelmente os maiores estudiosos do assunto e pertencem a diferentes centros de pesquisas (Europa, Estados Unidos da América do Norte, Canadá, Japão, Austrália, Malásia e Índia).

A Parte I (capítulos 1,2 e 3) faz uma revisão dos aspectos genéticos clínicos e moleculares das epilepsias parciais familiares. O capítulo de abertura faz um breve histórico da epilepsia rolândica benigna. Na Parte II, os capítulos 4,5 e 6 abordam apenas a epilepsia benigna da infância com pontas centro-temporais. A Parte III (capítulos 7 e 8) apresenta os quadros clínicos e mapeamento genético das convulsões benignas familiares infantis, da epilepsia parcial benigna da infância com crises parciais complexas, e da epilepsia parcial benigna da infância com generalização para convulsões.

As recentes síndromes epilépticas descritas, como a epilepsia noturna autossômica dominante do lobo frontal, epilepsia familiar do lobo temporal, epilepsia parcial familiar com focos variáveis, epilepsia parcial autossômica dominante com alucinações auditivas, além da epilepsia rolândica autossômica dominante com dispraxia da fala, são revisadas na Parte IV (capítulos 9 a 14) em relação ao quadro clínico, aspectos eletrográficos, neurorradiológicos e genéticos. Na Parte V (capítulos 15 a 18) são abordadas as epilepsias parciais sintomáticas geneticamente determinadas, convulsões febris / epilepsia do lobo temporal, epilepsia da leitura, e a fisiopatologia e genética da epilepsia reflexa provocada pela água quente. Os últimos capítulos são excelentes (capítulos 19 a 27), pois abordam a biologia molecular e os modelos animais, através de estudos de receptores (Ach, GABAa, GABAb) e dos canais iônicos.

Em suma, trata-se de um livro atualizado, com boas ilustrações, altamente didático e de leitura obrigatória para os eletrencefalografistas, epileptólogos e geneticistas.

Márcia Marques de Lima

Délrio Façanha da Silva

DISPATCHES FROM THE FREUD WARS. PSYCHOANALYSIS AND ITS PASSIONS. JOHN FORRESTER. Um volume (15x23 cm) com 309 páginas. ISBN 0674-53960-5. Cambridge, 1997: Harvard University Press (79 Gardens St., Cambridge, Mass 02138 USA).

Este livro tem seis ensaios que tratam de seis aspectos diferentes das teorias freudianas. O autor, a despeito de suas dúvidas ocasionais, adere às teses básicas de Freud e, em geral, acha-as válidas. Nós, que somos não-freudianos, achamos que muito do que consta neste livro se trata de viagens em labirintos metafísicos. Nós também concluímos que pouco material neste livro é sustentável, quando os critérios do método científico são aplicados. O autor é um historiador inglês, e assim considera estes assuntos do ponto de vista histórico, sociológico e filosófico. O leitor que é dedicado às doutrinas freudianas vai concordar em muito do que foi escrito por ele, mas aqueles que não são, vão aceitar pouco do que foi apresentado.

Nós vamos esboçar, em poucas palavras, o assunto de cada um dos seis ensaios; um capítulo é dedicado a cada tema.

1. Justiça, Inveja, Psicanálise. Este capítulo tenta demonstrar que a inveja objetiva nivelar, pelo menos parcialmente, todo mundo numa sociedade ao mesmo nível político ou econômico, e é a causa da evolução da justiça em qualquer sociedade culturalmente avançada. Ela possui as suas raízes na inveja que meninas têm pelo pênis de homens (Freud) e a inveja que todos têm pelas mamas (Melanie Klein) que os alimentam durante a infância. Isto é logicamente consistente porque mamas psicologicamente têm pênis dentro delas, escreve Melanie Klein. Ninguém nunca se recupera destas forças emocionais, mas disfarçam-nas em maneiras complexas durante a vida adulta, entre as quais uma é a evolução de idéias de justiça.

2. Vítimas da Verdade. Neste capítulo registra-se a história extraordinária do período de quase nove anos em que o discípulo e amigo de Freud, o psicanalista húngaro Sandor Ferenczi, tentava decidir se devia casar-se com a sua amante (uma mulher casada, que estava disposta a se divorciar) ou a filha dela. Freud, como terapeuta da filha e também de Ferenczi, comportou-se duma maneira que muitos psicanalistas, e outras pessoas que lêem este livro, vão achar extremamente esquisita. Freud deu muitos conselhos claros para assuntos discutidos nas suas sessões de terapia com eles, e também por meio de cartas, tendo como alvo em determinado período que Ferenczi casasse com a filha, e em outro período que desposasse a mãe da menina. Finalmente, Ferenczi casou-se com a mãe, mas dúvidas e problemas continuaram até a morte de Ferenczi quatorze anos mais tarde. A história é complicada, mas é evidente, e mesmo o autor confessa, que a verdade foi repetidamente ferida e desviada por todos os participantes. As tentativas do autor para desculpar e justificar Freud não convencem. Tudo isto foi revelado pela publicação de toda a volumosa correspondência Freud/Ferenczi em 1994 e 1996, cinquenta e cinco anos depois da morte de Freud.

3. Coletor, Naturalista, Surrealista. Este capítulo trata do interesse que Freud tinha durante a maior parte de sua vida adulta em arqueologia, e de sua coleção de quase três mil anéis, escarabeus e pequenas estátuas de tempos antigos. Freud disse várias vezes que ele foi um arqueólogo da mente, explorando as antigas estratificações psicológicas no inconsciente de cada pessoa. Este é, em muitos aspectos, o menos controverso e o mais satisfatório capítulo do livro. A coleção completa de Freud hoje pode ser vista por eruditos e turistas no lar (agora um museu) que Freud estabeleceu em Londres, depois de sair de Viena quando os nazistas invadiram a Áustria em 1938.

4. Leitores de Sonhos. Neste capítulo o autor mostra como, passo a passo, Freud evoluiu as suas teorias sobre sonhos e suas significações. Nesta tarefa, o autor usa o livro básico que Freud escreveu em 1898 e 1899 e publicou em 1900, A Interpretação dos Sonhos, e a extensa correspondência sobre sonhos (1887-1904) de Freud endereçada a seu amigo e colaborador Wilhelm Fliess, em Berlim. O professor Forrester evita qualquer consideração sobre três perguntas que devem ser feitas quando este assunto é abordado. (1) Pode qualquer parte desta estrutura teórica ser provada ou não provada, por experiências que aderem às exigências do método científico? (2) Porque é que Jung, Adler, Rank e outros terapeutas, usando as mesmas técnicas para as análises de sonhos, chegaram a interpretações e conclusões radicalmente diferentes das de Freud? (3) O que é que um observador independente pode fazer para resolver estes dilemas? Essas perguntas ficam sem respostas, depois de cem anos desde que Freud elaborou suas teorias.

5. Um Clima de Opinião. A tese fundamental deste capítulo é que nós agora vivemos num clima de opinião tão profundamente influenciado por Freud que o nosso tempo deve, ou pode, ser chamado o século ou época de Freud. Numa pesquisa modesta nossa, fizemos duas perguntas a trinta adultos não selecionados num ponto de ônibus em nossa cidade: (1) O que significa para você, o nome de Freud? (2) O que significa para você, o nome de Pelé? Dos entrevistados, vinte e oito responderam que o nome de Freud não significava nada. Disseram que nunca tinham ouvido falar este nome. Destas vinte e oito pessoas, duas disseram que este talvez fosse o nome de uma bem conhecida loja de autopeças na nossa cidade, confundindo Freire com Freud (em nossa região no nordeste do Brasil, Freud é geralmente pronunciado Freud-se). No entanto, todas as trinta pessoas sabiam quem é Pelé e o que ele fez. Prevalece a mesma situação em Cairo, Calcutá, Manila e São Paulo? É a influência de Freud restrita a uma elite social e intelectual que, no máximo, é formada por dez por cento da população mundial, depois de cem anos do movimento freudiano?

6. Reportagens das Guerras Freudianas. Neste capítulo final o autor trata de algumas, mas não todas, as críticas do sistema freudiano nos últimos vinte e cinco anos. Em geral elas enfatizam: (1) que Freud não foi honesto em suas publicações e em outras comunicações e que ele inventou ou modificou detalhes nos seus relatos de casos, para elaborar e apoiar as suas teorias, (2) a natureza não científica do freudianismo, (3) a falta de evidência de que a psicanálise freudiana é um tratamento eficaz e (4) a vaidade de Freud, que se proclamou mais de uma vez nas suas publicações, ser uma figura da primeira importância na evolução do conhecimento e pensamento humano. O autor tenta defender Freud contra as críticas 1, 2 e 4 (ele não trata da crítica 3). Na nossa opinião, ele fracassa. Mas você pode ler este livro para determinar se a nossa posição é preconceituosa ou válida.

A. H. Chapman

Miriam Chapman-Santana

NEUROBIOLOGIA DA DOENÇAS MENTAIS. FREDERICO GUILHERME GRAEFF, MARCUS LIRA BRANDÃO (editores). 5. Ed. Um volume (16x23 cm) em brochura, com 254 páginas. São Paulo, 1999: Lemos Editorial (Rua Rui Barbosa 70, 01325-010 São Paulo SP, Brasil).

Os editores, exercendo suas atividades na área básica de ciências biomédicas e de psicologia e educação, são responsáveis por cinco dos oito capítulos deste livro. Os colaboradores que assinam os outros catítulos dedicam-se às áreas de psicologia e educação, farmacologia e fisiologia. Tal característica tem a vantagem de conferir aos textos padronização e unidade pouco encontradas em obras deste tipo.

Os temas considerados nos oito capítulos são: (1) aspectos conceituais da doença mental; (2) panorama sobre aspectos anatômicos e fisiológicos do sistema nervoso, considerando de modo especial informações sobre neurotransmissores; (3) esquizofrenia; (4) transtornos afetivos; (5) ansiedade; (6) dores crônicas; (7) amnésia; (8) doenças neurodegenerativas.

Em todos os capítulos os autores procuram explicitamente utilizar linguagem acessível aos não-especialistas. O tratamento clássico dos temas, incluindo conceituação, aspectos epidemiológicos, considerações sobre etiologia e terapêutica, mistura-se a uma visão mais anatômica e bioquímica das alterações mentais, incluindo bases neurais, substrato biológico e efeitos farmacológicos. É uma obra mais alinhada com a ala biológica da moderna psicologia, uma vez que os temas são considerados predominantemente sob um prisma psicológico e menos sob critérios psiquiátricos ou neurofarmacológicos formais.

É um livro de interesse às equipes que se dedicam ao tratamento multidisciplinar de doenças mentais, conseguindo transmitir informações abrangentes, claras e concisas sobre o assunto.

Luís dos Ramos Machado

HISTÓRIA DA NEUROLOGIA NO BRASIL. RUBENS REIMÃO, organizador. Um volume (16x24 cm) encadernado, com 296 páginas. ISBN 85-561. São Paulo, 1999: Lemos Editorial (Rua Rui Barbosa 70, 01326-010 São Paulo SP).

Rubens Reimão organizou e coordenou o trabalho de neurologistas brasileiros para produzir este livro sobre a história da nossa neurologia. Dessa forma, ele é o editor do livro. Trinta e dois cultores da neurologia e de sua história prepararam os capitulos. Carlos da Silva Lacaz , Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo fez o Prefácio e nele aponta como participaram de sua formação alguns dos neurologistas dessa mesma escola na qual se graduou e, entre eles, lembra Adherbal Tolosa, Oswaldo Lange e Carlos Gama. Lacaz salienta ainda o esforço de Rubens Reimão para a concretização de um livro sobre a história da neurologia brasileira. Rubens Reimão, por sua vez, salienta que este é o primeiro livro exclusivamente voltado ao tema que aparece após aquele da História da Neurologia no Estado de São Paulo, editado por ele e por Alonso-Nieto em 1996. A experiência que adquiriu ao editorar este último livro guiou o preparo desta nova obra que ¾ antes de tudo ¾ inicia o resgate da história da neurologia em nosso país. Trinta e um capítulos reunem a matéria, que seguem uma ordem geral de distribuição: vultos, regiões, patologias.

Vultos, a primeira parte, se inicia com capítulo da museóloga Berta Ricardo de Mazzieri acerca da Formação de Símbolos em Neurologia. Seguem-se os capítulos: influência da escola francesa na fundação da neurologia brasileira (Antonio Morato Leite Neto), primórdios da neurologia e ciências afins brasileiras no século XIX (Marleide da Mota Gomes), vultos da história da neurologia do Rio de Janeiro (Marleide da Mota Gomes), Oswaldo Lange e Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Antonio Spina-França), Antonio Branco Lefèvre ¾ o pai da neurologia infantil e da neuropsicologia no Brasil (Beatriz H. Lefèvre), Horacio Martins Canelas e a história da doença de Wilson no Brasil (Egberto Reis Barbosa), Ulisses Pernambucano e o periódico Neurobiologia (Alcides Codeceira Júnior), ensino da neurologia na Bahia ¾ aspectos históricos (Antonio de Souza Andrade Júnior e Pedro Augusto de Santana Júnior).

Regiões, a segunda parte, reune dados sobre a história da neurologia em diversas partes do país: Brasília (Roberto Low e Ana Maria Low), Ceará (Vicente de Paulo Leitão de Carvalho e Francisco Flávio Leitão de Carvalho), Espírito Santo (Ayrton Gomes da Fonseca Filho), Goiás (Orlando Arruda), Maranhão (Carlos Eduardo Cavalcanti), Mato Grosso (Nei Moreira da Silva), Mato Grosso do Sul (Olney Cardoso Galvão), Minas Gerais (Sebastião Silva Gusmão), Paraíba (José Correia de Farias Brito), Paraná (Ehrenfried O. Wittig), Rio de Janeiro (Marleide da Mota Gomes), Universidade Federal Fluminense (Marcos R. G. de Freitas), Rondônia (Pauzanes de Carvalho Filho), Santa Catarina (Paulo César Trevisol-Bittencourt), São Paulo (José Lamartine de Assis), Clube de Ciências Neurológicas do Interior do Estado de São Paulo (Waldir Antonio Tognola), Sergipe (Roberto César P. do Prado).

Patologias, a terceira parte, apresenta a história, no Brasil, do estudo da doença cerebrovascular (Rubens José Gagliardi, Ibsen Thadeo Damiani), da pesquisa do sono na década de 1980 (Rubens Reimão), das miopatias (José Roberto Pereiro), da neuropsicologia (Jayme Antunes Maciel Júnior), da neurologia pediátrica (Aron Diament).

A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos cinco anos com outras especialidades médicas no Brasil, este volume reune dados ao mesmo tempo precisos e preciosos sobre nossa história e nosso desempenho na neurologia. É de esperar que tamanho esforço prossiga, incluindo a história neurológica de Estados cuja neurologia não foi enfocada neste tomo, assim como a de escolas estaduais cujos feitos não foram delineados.

Seguramente este livro coloca a neurologia dentro da Sociedade Brasileira de História da Medicina e abre a oportunidade para a instalação de um grupo de história neurológica entre os grupos de trabalho da Academia Brasileira de Neurologia.

Antonio Spina-França

TEMAS DE NEUROLOGIA: ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. RUBENS REIMÃO, RUBENS JOSÉ GAGLIARDI, ANTONIO SPINA-FRANÇA (editores). Um volume (14x21 cm) em brochura, com 445 páginas. São Paulo, 1999: Frôntis Editorial / Associação Paulista de Medicina (Av. Brigadeiro Luís Antonio 278, 01318-901 São Paulo SP).

Este livro reune o matéria do II Congresso Paulista de Neurologia (Campos do Jordão, maio 1999) e é mais um resultado da atividade do Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina (APM). Rubens Reimão e Rubens José Gagliardi executaram o trabalho editorial. A APM patrocina o livro, em nome de cuja diretoria é Ricardo Sterchele o editor responsável.

Como salienta o Professor José Lamartine de Assis no Prefácio, na sequência de assuntos predomina a tríade fisiopatologia-diagnóstico-tratamento, com prevalência dos dois últimos itens. A matéria é distribuída em dois blocos: temas, com doze partes; temas livres.

Temas tem 37 capítulos, distribuídos em: neurologia geral, regeneração e trauma espinhais, dor, doença cerebrovascular, epilepsia, distúrbios do movimento, esclerose múltipla, neurocisticercose, distúribos do sono, neurologia infantil, epidemiologia. A experiência no tema guiou cada autor de capítulo na escolha dos pontos de relevo do assunto e na adequada seleção da bibliografia citada. Este bloco de capítulos do livro permite, assim, uma avaliação atualizada e ao mesmo prática dos progressos de cada área neurólogica focalizada.

Temas Livres formam o segundo bloco. Ele reune os resumos de 47 estudos sobre neurologia experimental, neurologia clínica e exames neurodiagnósticos. Esses estudos são originais e espelham as linhas de pesquisa motivadas pelos temas da primeira parte do livro. Em sua maioria, os autores dos capítulos do primeiro bloco do livro foram os orientadores das pesquisas de que resultaram os registros deste segundo bloco do livro.

A matéria da segunda parte salienta o papel dos autores dos capítulos da primeira parte na formação de discípulos. Este é um aspecto verdadeiramente original do livro, pois evidencia o desempenho dos neurologistas já experientes na orientação daqueles que se iniciam em neurociências e que já se destacam na produção de pesquisa registrada como tema livre. É, portanto, uma forma de avaliar a presente vitalidade de nosso ambiente neurológico, aspecto que também recomenda a leitura desta obra.

Antonio Spina-França

CLASSIFICAÇÕES E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS EM NEUROLOGIA. MARLEIDE DA MOTA GOMES, editora. Um volume (14x21 cm) em brochura, com 292 páginas. ISBN 85-900793-1-7. Rio de Janeiro, 1999: UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Marleide da Mota Gomes ¾ Professora Adjunta de Neurologia da UFRJ e membro da equipe do Instituto de Neurologia Deolindo Couto ¾ na qualidade de Coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Neuroepidemiologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), estimulou distinguidos membros de outros GT da ABN para produzir este compêndio, uma visão original e adaptada à nossa realidade da ICD-10 em neurologia. Com ela, são dezenove os autores que prepararam quatorze capítulos em que a matéria do livro é distribuída.

Os capítulos (e seus autores) são: classificações diagnósticas em neurologia ¾ considerações históricas (Marleide da Mota Gomes); princípios de classificação da CID-10 ¾ aspectos de especial interesse neurológico (Marleide da Mota Gomes e Antonio Andrade Filho), doenças infecciosas, parasitárias e inflamatórias do sistema nervoso central, SNC (Osvaldo Massaiti Takayanagui); atrofias sistêmicas que afetam principalmente o SNC (Hélio Afonso Ghizoni Teive e Valter Oleshcko Arruda); doenças extrapiramidais e transtornos dos movimentos (Hélio Afonso Ghizoni Teive); doenças degenerativas do SNC ¾ ênfase nas demências (Eliasz Engelhardt, Jerson Laks, Marzia Rozenthal e Valeska Marinho); doenças desmielinizantes do SNC (Dagoberto Callegaro e Marleide da Mota Gomes); transtornos episódicos e paroxísticos ¾ epilepsia e estado de mal epiléptico (Alex Everitt e Josemir Sander); cefaléias (Maurice Borges Vincent); doenças cerebrovasculares (Jefferson Gomes Fernandes); distúrbios do sono (Rubens Reimão); neuropatias periféricas (Marcos Raimundo Gomes de Freitas e Osvaldo José Moreira do Nascimento); doenças da junção neuromuscular e dos músculos (Luiz Antonio Alves Duro); paralisia cerebral e outras síndromes paralíticas (Lúcia Maria Costa Fontenelle).

Este compêndio é um marco. Ele é um instrumento de trabalho útil e seguro para nossos neurologistas. A ABN, por sua vez, tem agora um guia de classificação diagnóstica de patologias do sistema nervoso que atende de perto a nossas necessidades regionais dentro das normas da última classificação internacional das doenças e sua aplicação à neurologia.

Antonio Spina-França

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Dez 2000
  • Data do Fascículo
    Set 1999
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