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Biopsia estereotáctica para lesões intracranianas: compatibilidade clínico patológica em 60 casos

OBJETIVO: A biopsia estereotáctica (BE) guiada por imagem propicia amostras de tecido cerebral para análises histológicas, sendo decisiva na estratégia terapêutica e prevenção de intervenções neurocirúrgicas desnecessárias. MÉTODO: 60 pacientes com lesões do sistema nervoso central foram submetidos à biópsia estereotáctica no período de novembro de 1999 a março de 2008. Foram analisados a acurácia do método, a capacidade de confirmar o diagnóstico clínico pré-operatório e o comportamento evolutivo com sua compatibilidade com o diagnóstico patológico. RESULTADOS: As três lesões mais freqüentes foram: neoplasias neuroepiteliais, processos inflamatórios e infecções. Considerando a confirmação diagnóstica quando pensava-se em lesão inflamatória, nossa acurácia foi 76%, com 94% destes casos tendo compatibilidade clínico patológica após média de 65,2 meses de acompanhamento. Considerando a confirmação diagnóstica com a hipótese pré-operatória de lesão neoplásica, nossa acurácia foi 69%, com 90% destes casos tendo compatibilidade clínico-patológica após média de 47,3 meses de acompanhamento. O índice de morbidade foi 5%. A mortalidade foi nula e o índice de diagnóstico foi 95%. CONCLUSÃO: A biopsia estereotáctica é um método seguro e preciso para o diagnóstico. O exame anátomo-patológico possui alta compatibilidade com a evolução clínica dos doentes a longo prazo.

biopsia estereotáctica; morbidade; acurácia; anatomopatológico


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