Relatamos o caso de uma paciente de 44 anos, portadora de esclerose múltipla forma surto-remissão e progressiva secundária, que na evolução desenvolveu um astrocitoma anaplásico. Os sintomas do tumor se confundiram com os da esclerose múltipla e com a repetição de ressonâncias magnéticas foi possível suspeitar do diagnóstico. Além dos sinais neurológicos, também apresentava crises convulsivas. A melhora com os cursos de pulsoterapia mascaravam os sintomas do tumor. Submetida a craniotomia e retirado tumor com características histológicas e histoquímicas de astrocitoma anaplásico, ao lado de áreas de desmielinização típicas de esclerose múltipla. São discutidos os aspectos radiológicos, incidência e mecanismos da concomitância das duas doenças.
esclerose múltipla; astrocitoma anaplásico; tumor cerebral