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Cirurgia de epilepsia sem EEG invasivo: resultados preliminares de um novo programa

No total, 42 pacientes foram submetidos a avaliação clínica, comportamental e neuropsicológica com o objetivo de eventual tratamento cirúrgico de epilepsia refratária aos tratamentos clínicos usuais. Monitorização de vídeo-EEG digital prolongado, avaliação do volume hipocampal por RM, lateralização de fala e memória pelo teste do Amobarbital (teste de Wada) foram utilizados. Dos 18 pacientes operados 12 foram submetidos a lobectomia temporal, com seguimento de 6-30 meses (média 17 meses), sendo que 8 encontram-se com melhora significativa do controle de crises, 2 com melhora parcial e em 2 não foi observada mudança substancial na intensidade e frequência de crises. Uma paciente foi submetida a lobectomia frontal direita com remissão total de crises. Cinco pacientes foram submetidos a calosotomia com graus variáveis de sucesso. Não houve mortalidade. A morbidade incluiu um hematoma subdural, uma hemiparesia transitória, um episódio de mania, uma pneumonia lobar e cefaléia tensional muscular frequente no pós-operatório imediato. Estes resultados preliminares indicam uma boa resposta do tratamento cirúrgico de epilepsia em um novo centro, com pacientes selecionados através de monitorização não invasiva.

epilepsia; cirurgia de epilepsia


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