Objetivo
Investigar déficits somatossensoriais no punho e mão ipsilesional em pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) crônico e correlacionar esses déficits com disfunções sensório-motoras contralesional, testes funcionais, lateralidade e preferência manual.
Métodos
Cinquenta indivíduos (vinte e dois voluntários saudáveis e vinte e oito pacientes com AVE) foram submetidos à avaliação com monofilamentos de Semmes-Weinstein, Avaliação Fugl-Meyer (sensorial e motora), Avaliação Sensorial Nottingham em punhos e mãos, e testes funcionais.
Resultados
Vinte e cinco pacientes apresentaram alterações sensoriais no punho e mão contralateral ao AVE, e dezoito pacientes (64%) apresentaram déficits sensoriais no punho e mão ipsilesional. A perda sensorial ipsilesional mais significativa foi observada nos pacientes canhotos. Pacientes com lesão cerebral no hemisfério direito tiveram melhores pontuações para sensação tátil ipsilesional.
Conclusões
A redução da propriocepção consciente ipsilesional, da sensibilidade tátil e térmica foi encontrada em indivíduos com AVE. Lesão no hemisfério direito e indivíduos destros apresentaram melhores pontuações na sensação tátil ipsilesional.
acidente vascular encefálico; sensação tátil; propriocepção; extremidade superior ipsilateral