RESUMO
O tratamento da hidrocefalia é realizado principalmente através de uma derivação ventrículo-peritoneal (DVP). Nosso objetivo é descrever a aplicação da derivação ventrículo-sinusal retrógrada (DVSR) em pacientes com hidrocefalia após o tratamento cirúrgico de mielomeningocele.
Método
Estudo prospectivo, randomizado e controlado. Selecionados consecutivamente 9 pacientes com hidrocefalia após correção cirúrgica de mielomeningocele de janeiro de 2010 a janeiro de 2012. Eles foram submetidos à DVSR ou DVP. Cinco foram submetidos à DVSR e 4 à DVP. Foram seguidos por 1 ano com realização trimestral de avaliações e aplicação do Doppler transcraniano.
Resultados
O grupo DVSR apresentou desfechos semelhantes ao grupo DVP. O Doppler mostrou melhora significativa quando comparado o pré-operatório com o pós-operatório. O grupo DVSR apresentou perímetro cefálico significativamente maior que o grupo DVP. O desenvolvimento neuropsicomotor e complicações não diferiram entre os grupos.
Conclusão
A derivação ventrículo-sinusal retrógrada é viável; ela é uma opção para o tratamento de hidrocefalia.
neurocirurgia; derivações liquóricas; mielomeningocele; hidrocefalia