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Ganglioglioma: estudo comparativo com outros tumores cerebrais primarios de baixo grau

MÉTODO: Foram estudados 42 pacientes com tumor cerebral primário de baixo grau e epilepsia refratária. A idade média foi 22,3 anos. Eles foram divididos em dois grupos: no grupo A os pacientes com ganglioglioma (n=19) e no grupo B os pacientes com outros tumores primários de crescimento lento (n=23) (14 astrocitomas, 6 oligodendrogliomas, 2 tumores desembrioblástico neuroepitelial e um xantoastrocitoma). RESULTADOS: A idade de início das crises convulsivas foi 7 anos ou menos em 73% dos pacientes no grupo A e 30,4% dos pacientes no grupo B (p=0,045). A crise convulsiva do tipo parcial complexa foi a mais identificada nos grupos A e B (94,7% versus 82%, respectivamente). A freqüência de crise foi mais alta no grupo B (p=0,002). A tomografia computadorizada foi normal em 36,8% dos pacientes no grupo A e anormal em todos no grupo B. A ressonância magnética foi anormal em todos os pacientes. A remoção cirúrgica foi completa em 89.5% dos pacientes no grupo A e 78,2% no grupo B. CONCLUSÃO: A associação de epilepsia refratária e crise parcial complexa, principalmente quando a freqüência não é muito alta, em pacientes jovens, mesmo com tomografia computadorizada normal e alteração hipointensa na seqüência de T1 da ressonância magnética é sugestiva de ganglioglioma mais que outros tipos de tumor cerebral primário de baixo grau.

ganglioglioma; epilepsia refratária; tumor cerebral de baixo grau


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