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Depressão em pacientes com epilepsia de lobo temporal refratária

OBJETIVO: Avaliar os transtornos depressivos em comorbidade com a epilepsia do lobo temporal (ELT) em pacientes refratários às drogas antiepiléticas (DAE). MÉTODO: Avaliamos 25 pacientes consecutivos (16 mulheres e 9 homens) utilizando entrevista psiquiátrica semiestruturada, conferindo diagnóstico segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). RESULTADOS: Dezessete dos 25 pacientes (68%) apresentaram transtorno depressivo: 6 com distimia, 3 com episódio depressivo maior e 8 com transtorno depressivo recorrente. Dois (8%) apresentaram transtorno misto de ansiedade e depressão. Apenas 5 dos 17 pacientes (29,4%) com transtorno depressivo receberam tratamento antidepressivo prévio. A duração da epilepsia foi significativamente maior nos pacientes com transtorno depressivo (p=0,016), porém não houve associação entre depressão e frequência de crises. CONCLUSÃO: Este trabalho confirma que o transtorno depressivo é frequente e subdiagnosticado em pacientes com ELT refratária às DAEs. Maior duração da epilepsia aumenta o risco de depressão.

transtornos depressivos; depressão; epilepsia do lobo temporal mesial; crises epilépticas


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