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Ação inibitória de antioxidantes (ácido ascórbico e α-tocoferol) nas convulsões e dano cerebral em ratos induzidos pela pilocarpina

A epilepsia de lobo temporal é a mais comum forma de epilepsia em humanos. O estresse oxidativo é um dos mecanismos de morte celular induzida pelas crises convulsivas. Os compostos antioxidantes apresentam efeitos neuroprotetores devido à sua capacidade de inibir a produção de radicais livres. Os objetivos do presente trabalho foram estudar de forma comparativa a ação inibitória de antioxidantes (ácido ascórbico e α-tocoferol) sobre as alterações comportamentais e histopatológicas no hipocampo de ratos após convulsões induzidas pela pilocarpina. A fim de determinar os efeitos neuroprotetores destas drogas, o presente trabalho estudou os efeitos do ácido ascórbico (250 ou 500 mg/kg, i.p.) e do α-tocoferol (200 ou 400 mg/kg, i.p.) sobre o comportamento e as lesões cerebrais observados após convulsões induzidas pela pilocarpina (400 mg/kg, i.p., P400), em ratos. As injeções de ácido ascórbico ou α-tocoferol antes da administração de pilocarpina reduzem o número de animais que convulsionam. Estes achados sugerem que os radicais livres podem induzir o desenvolvimento de lesão cerebral durante as crises epilépticas. No modelo P400, o ácido ascórbico e o α-tocoferol, diminuem significativamente os danos cerebrais. Os compostos antioxidantes podem exercer efeitos neuroprotetores, e esses resultados podem estar associados à inibição da produção de radicais livres. Estes resultados sugerem um promissor potencial terapêutico tanto para o ácido ascórbico quanto para o α-tocoferol no tratamento de doenças neurodegenerativas.

crises epilépticas; estado de mal epiléptico; pilocarpina; ácido ascórbico; α-tocoferol


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