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Convulsões na infância: aspectos eletrencefalográficos

São analisados os resultados eletrencefalográficos de 700 crianças, com idade de 0 a 6 anos, que apresentaram convulsões isoladas, sem história ou manifestações clínicas de qualquer outra moléstia. Os resultados nos subgrupos de pacientes com convulsões febrise não febrissão analisados separadamente sob o ponto de vista estatístico, assim como nos subgrupos de 0-2 e 3-6 anos de idade. Análise similar foi feita nos subgrupos de pacientes examinados somente durante o sono ou em sono e em vigília, com finalidade de testar o fator técnico do exame. Deste estudo podem ser tiradas três conclusões principais: 1) nas crianças com convulsões isoladas aparecem sinais eletrencefalográficos que permitem diagnóstico da existência de lesão cerebral em uma incidência estatisticamente significante; 2) a incidência de lesões cerebrais focais nos casos de convulsões não febrisé também significativamente maior que nos casos de convulsões febris, oque sugere que as convulsões nesses grupos de pacientes dependem de condições cerebrais diferentes; 3) no estudo eletrencefalográfico das crianças com convulsões, deve ser tomado em consi- deração se o exame foi feito somente durante o sono ou se também em vigília, pois tais resultados não podem ser considerados em conjunto, sob pena de se incorrer em erro grosseiro.


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