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Associação entre a pressão intracraniana e o diâmetro da bainha do nervo óptico em pacientes com traumatismo cranioencefálico

RESUMO

Antecedentes:

Embora o monitoramento da pressão intracraniana (PIC) seja o método padrão-ouro para medir a pressão intracraniana após lesão encefálica traumática, a medição do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO) com ultrassom (US) também é usada na avaliação da PIC.

Objetivo:

Investigar a associação entre uma série de medidas de DBNO por US e mudanças na apresentação clínica do paciente.

Métodos:

Estudo prospectivo incluindo 162 pacientes com traumatismo cranioencefálico. Idade, sexo, achados de TC cerebral, níveis de DBNO por US nos minutos 0, 60 e 120, Escala de Coma de Glasgow (GCS) no mesmo período, mudança de consciência, tratamento e dados de mortalidade foram revisados. A associação dos níveis de DBNO com GCS, mudança de consciência, tratamento e mortalidade foi avaliada.

Resultados:

Não houve diferença nas mudanças de DBNO na amostra de pacientes no período (p=0,326). O DBNO aumentou significativamente em pacientes que morreram (p<0,001), mas não naqueles que sobreviveram (p=0,938). Não houve mudança significativa no DBNO dos pacientes que receberam terapia antiedema (p=801), mas valores significativamente aumentados de DBNO foram encontrados naqueles que receberam terapia antiedema (p=0,03). Pacientes sem alteração da consciência não tiveram alteração significativa no DBNO (p=0,672), mas os valores do DBNO aumentaram nos pacientes que pioraram a consciência e diminuíram naqueles que apresentaram recuperação (respectivamente, p<0,001, p=0,002). Detectou-se correlação negativa entre os valores de DBNO e os valores de GSC medidos nos períodos primário, secundário e terciário (para todos, p<0,001).

Conclusões:

O acompanhamento do DBNO pode ser útil para monitorar o aumento da PIC em pacientes com lesão cerebral traumática aguda.

Palavras-chave:
Lesões Encefálicas Traumáticas; Neoplasias do Nervo Óptico; Escala de Coma de Glasgow; Mortalidade

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