Estimulação cerebral usada como biofeedback na ativação neural do lobo temporal em crianças autistas

Silva, Vernon Furtado da; Calomeni, Mauricio Rocha; Nunes, Rodolfo Alkmim Moreira; Pimentel, Carlos Elias; Martins, Gabriela Paes; Oliveira, Patrícia da Cruz Araruna; Silva, Patrícia Bagno; Silva, Alair Pedro Ribeiro de Souza e

doi:10.1590/0004-282X20160092

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ARTICLES • Arq. Neuro-Psiquiatr. 74 (8) • Ago 2016 • https://doi.org/10.1590/0004-282X20160092 linkcopiar

Estimulação cerebral usada como biofeedback na ativação neural do lobo temporal em crianças autistas

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

O estudo verificou a capacidade funcional dos neurônios-espelho em crianças autistas. 30 indivíduos, sendo 10 portadores da síndrome autista (GCA), 10 com deficiência intelectual (GDI), e 10 não-autistas (GCN) tiveram registrado o eletroencefalograma da área do cérebro relacionada teoricamente com os neurônios espelho. O procedimento de coleta de dados ocorreu antes e após uma sessão de estimulação cerebral. Durante a segunda coleta de dados, os participantes tiveram de processar alternadamente figuras evocando sentimentos neutros, felizes e tristes. Os resultados provaram que, para todos os grupos, o processo de estimulação de fato produziu ativação adicional na área neural em estudo. O nível de ativação foi relacionada com o formato dos estímulos emocionais. Uma vez que o aumento da ativação ocorreu em um modelo semelhante ao observado para o grupo controle, pode-se sugerir que as pessoas com autismo têm dificuldade em expressar emoções não devido à inexistência de neurônios-espelho.

transtorno autístico; neurônios-espelho; emoções

Variable	Autistic group						Control group						DI group

	Neutral		Happiness		Sadness		Neutral		Happiness		Sadness		Neutral		Happiness		Sadness

	M	CV	M	CV	M	CV	M	CV	M	CV	M	CV	M	CV	M	CV	M	CV
Pre-Stimulation
Minimum	1.75	0.36	3.34	0.40	2.39	0.38	1.05	0.56	1.51	0.43	1.37	0.38	2.81	0.40	3.96	0.38	4.12	0.38
Median	3.81	0.48	13.8	0.54	11.1	0.48	2.64	1.81	3.46	1.76	4.13	2.70	16.4	0.46	21.4	0.44	24.6	0.49
Maximum	38.6	1.06	38.2	0.89	40.7	0.82	12.4	8.72	15.2	14.9	13.0	10.4	25.8	0.50	41.5	0.66	42.3	0.80
Mean	14.9	0.53	16.6	0.59	16.4	0.55	4.68	3.23	5.92	4.72	5.65	4.05	15.3	0.45	21.9	0.47	23.1	0.53
SD	16.7	0.24	15.5	0.20	16.4	0.17	5.28	3.83	6.28	6.90	5.12	4.70	8.72	0.03	12.6	0.09	12.8	0.15
Post-Stimulation
Minimum	5.00	0.47	2.81	0.42	4.73	0.43	2.96	1.10	3.61	1.01	4.12	1.32	4.51	0.39	4.09	0.38	4.90	0.38
Median	7.06	1.04	11.4	0.86	11.3	0.91	10.9	1.27	9.26	1.65	10.2	1.82	22.2	0.44	23.2	0.41	23.0	0.44
Maximum	47.8	2.04	46.0	2.00	52.5	1.65	21.5	8.07	16.5	3.83	25.7	2.32	43.1	0.52	42.8	0.54	43.6	0.54
Mean	16.2	1.05	15.7	0.89	19.2	1.01	11.5	2.93	9.66	2.04	12.6	1.82	22.7	0.44	23.9	0.42	24.3	0.44
SD	16.7	0.51	14.7	0.54	18.2	0.46	7.87	3.43	6.43	1.23	10.4	0.40	14.0	0.044	15.3	0.053	15.1	0.06

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[TFN1] M: mean activation, in millivolts (mV) of neurons from the T6 area during electroencephalographic collection; CV: coefficient of variation in neuronal activation from the T6 area during electroencephalographic collection; SD: standard deviation.