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Freqüência da neuropatia periférica no Brasil em um grupo de pacientes HIV positivo

A neuropatia periférica é complicação neurológica comum, podendo ocorrer nas fases assintomáticas e sintomáticas da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). As síndromes mais comuns são a polineuropatia distal simétrica, polineuropatia desmielinizante inflamatória, polirradiculopatia, mononeuropatia, mononeuropatia múltipla e neuropatia autonômica. OBJETIVO: Avaliar a freqüência da neuropatia periférica em um grupo de pacientes HIV positivo em São Paulo, Brasil. MÉTODO: Em um período de 17 meses, foram avaliados clinicamente 49 pacientes HIV positivos. Foram solicitados exames laboratoriais e eletroneuromiografia (ENMG) para todos os pacientes. RESULTADOS: Foi estabelecido o diagnóstico clínico de neuropatia periférica em 34 (69,4%) dos 49 pacientes. O sinal neurológico mais comum foi a alteração da sensibilidade (97,1%). Treze (33,3%) dos 39 pacientes que realizaram a ENMG tiveram o diagnóstico de neuropatia periférica, sendo a neuropatia sensitivo-motora axonal o achado mais comum. Não foram encontradas alterações significativas nos exames laboratoriais (42 pacientes realizaram os exames), com exceção de quatro pacientes em que o VDRL foi positivo. CONCLUSÃO: A neuropatia periférica foi um achado freqüente no grupo de pacientes HIV positivo estudados clinicamente.

neuropatia periférica; HIV; SIDA


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