Neste estudo prospectivo avaliamos se há vantagens na imobilização pós-operatória do pulso após a cirurgia para o tratamento da síndrome do túnel do carpo comparando este tratamento com a ausência de imobilização. Cinqüenta e dois pacientes portadores de síndrome do túnel do carpo idiopática foram randomizados em dois grupos após a cirurgia. Em um grupo (grupo A, n=26) os pacientes utilizaram uma tala em posição neutra para imobilização do pulso por duas semanas. No outro grupo (B, n=26), nenhum tipo de imobilização foi adotada. A avaliação foi realizada antes da cirurgia e repetida após duas semanas e incluiu a mensuração da sensibilidade discriminatória no segundo dedo e dois questionários que avaliaram a gravidade e intensidade dos sintomas. Em todos os pacientes houve melhora nos parâmetros avaliados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos considerando os parâmetros avaliados. Concluímos que a imobilização do pulso no período pós-operatório imediato não apresenta vantagens quando comparada com a ausência de imobilização após a descompressão cirúrgica do nervo mediano no punho.
síndrome do túnel do carpo; descompressão cirúrgica; imobilização; pulso