São feitas considerações acerca do papel etiopatogênico do HTLV-I na paraplegia espástica tropical (TSP), a mielopatia associada ao HTDV-I (HAM). Aspectos neuroepide-miológicos registrados na literatura são reavaliados com essa finalidade. Da avaliação resultam perspectivas para novos estudos. Para estes, é salientado que a Comunidade de Okinawa no Brasil apresenta características étnicas e demográficas ideais. Análises sobre o HTLV-I e a HAM/TSP em confronto a coorte populacional dessa comunidade classificada de acordo com o tempo e o sentido da corrente migratória (Japão-Brasil e vice-versa) poderão, por exemplo, garantir resultados promissores para a compreensão da etiopatogenia da HAM/TSP. Poderão constituir-se também em caminho para esclarecer a origem simultânea de focos geográficos da doença tão distantes entre si como o de Tumaco e o do sul do Japão.
HTDV-I; mielopatia; neuroepidemiologia; distribuição geográfica