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Papel da zona irritativa e do número e distribuição das calcificações na gravidade da epilepsia associada com calcificações intracerebrais

OBJETIVO: Testar a relevância do lobo temporal na epilepsia associada a neurocisticercose inativa. MÉTODO: Foram selecionados 47 pacientes com epilepsia e calcificações intracerebrais, 22 com EEGs intercríticos normais (Grupo A) e anormais em 23 (Grupo B) e um grupo controle (n=21) com EEGs intercríticos anormais sem calcificações intracerebrais (Grupo C). Características clínicas, eletrencefalográficas e neuroradiológicas foram comparadas entre os grupos. RESULTADOS: Encontramos anormalidades eletrencefalográficas temporais em 23/24 dos pacientes do Grupo B e em todos do Grupo C. Na maioria dos pacientes do Grupo B e Grupo C a sintomatologia ictal foi interpretada como temporal, porém no Grupo A como rolândica (p=0,0001) A epilepsia foi mais grave nos grupos Grupo B e Grupo C que no Grupo A (p=0,0001 e 0,0054). Não houve relação direta entre o número de calcificações e a gravidade da epilepsia. CONCLUSÃO: Uma zona irritativa sobre o lobo temporal é mais relevante na gravidade, sintomas e freqüência das crises que o número e a localização das calcificações.

epilepsia localizada; epilepsia do lobo temporal; neurocisticercose; cisticercose; calcificações intracerebrais


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