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Ensaio duplo-cego comparando propranolol, flunarizina e flunarizina associada ao propranolol na profilaxia da migrânea sem aura

Quarenta e cinco pacientes com migrânea sem aura submeteram-se a ensaio paralelo e duplo-cego visando comparar os efeitos de propranolol (PPN), flunarizina (FNZ) e uso associado de propranolol mais flunarizina. Foram divididos em três grupos de 15 indivíduos. Após período preliminar de 20 dias sem a administração de qualquer droga, um grupo recebeu PPN 60 mg/dia, outro grupo FNZ 10 mg/dia, e o terceiro grupo PPN 60 mg/dia associado à FNZ 10 mg/dia. O tempo de tratamento foi 120 dias. O índice de dor no grupo sob PPN passou de 39,3 para 23,4 (p<0,05) no grupo sob FNZ de 33,7 para 18,7 (p<0,05) e no grupo recebendo ambas as drogas de 33,5 para 14,4 (p<0,05). Não houve diferenças entre os índices de dor dos três grupos após o tratamento. A frequência de crises no grupo sob PPN passou de 2,8 para 1,26 (p<0,01) no grupo sob FNZ de 2,6 para 1,2 (p<0,01) e no grupo recebendo ambas as drogas de 2,9 para 1,13 (p<0,01). Não houve diferenças entre as frequências de crises dos três grupos após o tratamento. Foram confirmadas as eficácias dessas drogas na profilaxia da migrânea sem aura. A associação das drogas não logrou benefício ulterior no que concerne à diminuição dos índices de dor ou da frequência de crises. Entretanto, na avaliação global por parte do paciente, os melhores resultados estavam entre os que usaram duas drogas. Nos grupos que usaram FNZ (isolada ou associada ao PPN), as melhoras alcançadas persistiram mesmo após 45 dias da retirada dos fármacos.

migrânea; propranolol na migrânea; flunarizina na migrânea; migrânea e politerapia


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