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Tratamento da epilepsia mioclônica juvenil com topiramato

OBJETIVO: Avaliar a eficácia e tolerabilidade do topiramato (TPM) na epilepsia mioclônica juvenil (EMJ). MÉTODO: Avaliamos a resposta terapêutica e efeitos colaterais do TPM em 22 pacientes (18 mulheres) com idades entre 13 e 53 anos. A dose alvo utilizada foi até 200 mg/dia. Os pacientes foram divididos em 3 grupos no início do tratamento: aqueles com controle das crises mas que apresentavam efeitos colaterais (n=4); com crises não controladas (n=15) e com EMJ recém diagnosticada (n=3). RESULTADOS: Dezesseis pacientes completaram o primeiro ano de acompanhamento. Crises tônico-clonicas generalizadas foram completamente controladas em 10 (62,5%), tiveram redução maior de 50% em 4 (25,0%) e menor de 50% em 2 (12,5%). Mioclonias foram controladas em 11 (68,8%) e persistiram em 5 (31.2%) pacientes. As crises de ausências, presentes em 5 (22,7%) pacientes, tiveram redução maior do que 50% em 2 (9,0%) e agravamento em 3 (13,6%). A retirada do estudo foi devida principalmente ao controle inadequado das crises e efeitos colaterais indesejáveis (n=4), pouca adesão e perda do seguimento (n=2) e escolha do paciente (n=1). CONCLUSÃO: TPM foi considerada droga eficaz e bem tolerada no tratamento da EMJ. Apesar de freqüentemente observados, os efeitos colaterais do TPM foram toleráveis e a medicação pode ser mantida na maioria dos pacientes.

topiramato; tratamento; epilepsia mioclônica juvenil


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