Foram estudadas amostras de liqüido cefalorraqueano (LCR) de 53 pacientes com suspeita clínica de neurocisticercose e de 11 com diversos tipos de patologias, com o objetivo de se avaliar o comportamento da reação de imunofluorescência indireta e de alguns parâmetros do LCR de rotina. Nos casos de neurocisticercose, a pleocitose ocorreu em 88,7% das amostras, a eosinofilorraquia em 60,3%, a hiperproteinorraquia em 71,7% e a hipoglicorraquia em apenas 13,2%. A reação de imunofluorescência indireta foi positiva em 79,2% dos casos e apresentou resultados falso-positivos nos pacientes com outras patologias, principalmente quando as amostras eram xantocrômicas ou continham hemácias. Os autores discutem os resultados encontrados comparando-os com os da literatura e concluem ser a reação de imunofluorescência método bastante sensível e útil no diagnóstico da neurocisticercose, fazendo restrições ao seu uso quando há presença dos interferentes previamente citados.