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TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES ÓSSEAS: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO MULTICÊNTRICO NO BRASIL

RESUMO

Introdução:

O tumor de células gigantes do osso (TCG) atinge principalmente epífises de ossos longos em adultos jovens, impactando a resistência óssea e a funcionalidade articular. O tratamento principal é cirúrgico, mas há significativa recorrência pós-operatória. Este estudo analisa o perfil de pacientes e tumores de TCG no Brasil, abordagens de tratamento e resultados.

Métodos:

Avaliamos retrospectivamente taxas de recorrência, metástase e tratamentos em 643 pacientes tratados em 16 centros brasileiros de 1989 a 2021, considerando a distribuição geopolítica.

Resultados:

5,1% desenvolveram metástases pulmonares e 14,3% tiveram fraturas patológicas. A recorrência local foi de 18,2%. Regiões economicamente menos favorecidas, como Norte e Nordeste, mostraram maiores incidências de metástases pulmonares (12,1%) e tumores avançados (Campanacci III, 88,9%). O Norte teve alta ocorrência de fraturas patológicas (33,3%), cirurgias extensas (61,1%) e amputações (27,8%). Nessas regiões, o tempo pré-cirúrgico foi mais longo (médias de 36 e 39 dias) comparado ao Sul e Sudeste (27 e 33 dias, respectivamente).

Conclusões:

Os resultados refletem disparidades regionais no Brasil, sugerindo que condições socioeconômicas influenciam os desfechos clínicos. Estes achados são importantes para melhorar o cuidado oncológico ortopédico em regiões desfavorecidas do país. Nível de Evidência III; Coorte Retrospectiva.

Descritores:
Neoplasias Ósseas; Tumor de Células Gigantes do Osso; Curetagem; Recidiva

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