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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS LESÕES DE LISFRANC

RESUMO

Objetivo:

Analisar o perfil de pacientes com lesões de Lisfranc, as características das lesões e fraturas associadas.

Métodos:

Trata-se de uma análise retrospectiva com 42 pacientes com lesões de Lisfranc internados no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre 2006 e 2010. O perfil dos pacientes, características das lesões, fraturas associadas, dados sobre o tratamento e complicações agudas foram analisados.

Resultados:

Nesta amostra, os homens foram mais afetados do que as mulheres, com uma proporção de 4,25:1. O mecanismo de trauma mais frequente foi acidente de carro, seguido por acidente com moto. O tipo de lesão mais frequente foi a lesão isolada tipo B de Quenu e Kuss, representando 50% dos casos. A fratura mais comumente encontrada foi a do segundo metatarso, com 16 casos, seguido pela fratura do osso cubóide. Entre os 42 casos estudados, sete foram fraturas expostas e 33 pacientes apresentaram fraturas associadas. O tempo médio entre o trauma e o tratamento definitivo foi de 6,7 dias. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 13,8. Seis pacientes apresentaram complicações pós-operatórias agudas.

Conclusão:

As lesões de Lisfranc são mais comuns em homens submetidos a trauma automobilístico. A prevalência de fraturas associadas é um achado frequente e o tempo de permanência hospitalar pode ser prolongado. Nível de Evidência IV, Série de Casos:

Descritores:
Articulações tarsianas/lesões; Ossos do metatarso/lesões; Traumatismos do pé/cirurgia; Luxações/cirurgia

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