RESUMO
Objetivo:
O objetivo do estudo foi relatar amplitude de movimento, taxa de falha e complicações de pacientes com lesão do mecanismo extensor após artroplastia total do joelho (ATJ) tratados com aloenxerto do mecanismo extensor com acompanhamento no médio prazo.
Métodos:
Pacientes submetidos a transplante de mecanismo extensor pós-ATJ de 2009 a 2018 foram avaliados retrospectivamente. Foram avaliados dados demográficos, motivo do transplante, tempo decorrido da artroplastia ao transplante, fatores cirúrgicos relacionados, tempo de imobilização, arco de movimento, falha do transplante e complicações. O acompanhamento mínimo foi de 24 meses.
Resultados:
Vinte pacientes foram avaliados. O tempo médio de acompanhamento foi de 70,8 +/- 33,6 meses. A causa mais comum de ruptura do mecanismo extensor foi traumática em 10 (50%) casos. Seis pacientes foram submetidos a cirurgias associadas, um caso de reconstrução do complexo ligamentar medial e 5 casos de revisão de ATJ. Onze pacientes (55%) tiveram complicações relacionadas ao transplante. A complicação mais comum foi a infecção. Cinco casos apresentaram falha do transplante.
Conclusão:
Pacientes submetidos a transplante de aloenxerto de mecanismo extensor após artroplastia total de joelho apresentam taxa de falha de 25% com seguimento médio de 6 anos. Embora não tenha havido perda de flexão com o procedimento e com a imobilização prolongada, o índice de complicações não foi baixo. Nível de evidênvia IV; série de casos .
Descritores:
Artroplastia do Joelho; Substituição Parcial do Joelho; Artroplastia de Substituição do Joelho