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Tratamento do pé varo espástico através da hemitransposição do tendão do tibial posterior

Foram avaliados dez pacientes (12 pés) com paralisia cerebral espástica submetidos à hemitransposição do tendão do tibial posterior para correção da deformidade em varo do pé. Quatro pacientes eram do sexo feminino e 6 do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 8 anos e 9 meses. Seis pacientes apresentavam paralisia cerebral espástica hemiplégica; 2,diplégica e 2 pacientes, paralisia cerebral tipo misto. O tempo médio de seguimento foi de 26 meses. Cirurgias associadas foram realizadas em 11 pés (92%). Oito pés apresentaram bom resultado (67%), três pés (25%), resultado regular e um pé (8%), mau resultado. Nenhum dos pés desenvolveu deformidade em calcâneo-valgo. Os resultados regulares e mau estiveram associados principalmente à insuficiência do músculo tibial anterior que levou à necessidade de manutenção do uso de órtese no pós-operatório, à influência de outras forças deformantes no pé além do músculo tibial posterior e à presença de deformidade óssea estruturada. Os autores concluem que a técnica de hemitransposição do tendão do tibial posterior, associada a outras cirurgias quando necessário, tem bom resultado na correção da deformidade em varo do pé na paralisia cerebral; desde que sejam determinadas corretamente as características dinâmicas da deformidade e eventuais deformidades associadas sejam tratadas de forma apropriada, concomitantemente.

Paralisia cerebral; Pé varo; Espasticidade muscular


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