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Ansiedade materna e sua interferência na autoeficácia para amamentação

Ansiedad materna y su interferencia en la autoeficacia para la lactancia

Resumo

Objetivo

Analisar a relação entre os sintomas de ansiedade materna com a autoeficácia para a amamentação e a duração do aleitamento materno exclusivo.

Métodos

Estudo de coorte prospectivo, desenvolvido num Centro de Aleitamento Materno de um hospital universitário do município de São Paulo. A amostra foi constituída por 83 puérperas, acompanhadas até 210 dias após o parto. Foram utilizadas a Subescala de Ansiedade da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo e a Escala de Autoeficácia para Amamentação.

Resultados

A média de escore total de ansiedade foi 3,76 pontos e da autoeficácia materna para amamentar 128,58. Ao longo dos meses os sintomas de ansiedade e a autoeficácia para amamentação apresentaram comportamento semelhante e não significativos estatisticamente. São fatores de risco associados ao incremento dos sintomas ansiosos: aborto, história prévia de depressão, queixa em relação a si mesma, relacionamento familiar e conjugal insatisfatório, piora na relação com o parceiro após o nascimento do bebê e menor autoeficácia materna para amamentação, refletidos nos domínios técnico e pensamentos intrapessoais. O tempo entre a interrupção do aleitamento materno exclusivo e a ansiedade não foi estatisticamente diferente.

Conclusão

As puérperas investigadas apresentaram elevada prevalência de sintomatologia ansiosa, com interferência significativa na percepção e confiança em sua capacidade e habilidade materna de amamentar com sucesso o bebê. Não houve associação entre os sintomas de ansiedade e o desmame precoce.

Ansiedade; Saúde mental; Período pós-parto; Aleitamento materno; Desmame

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