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Tradução e adaptação cultural da Breastfeeding Self-Efficacy Scale para o português

Traducción y adaptación cultural de la Breastfeeding Self-Efficacy Scale para el portugués

Resumos

OBJETIVOS: traduzir e adaptar a Breastfeeding Self-Efficacy Scale ( BSES), para a realidade cultural do Brasil e avaliar a validade de conteúdo da versão em português, para que possa ser utilizada na população brasileira. MÉTODOS: O estudo envolveu duas fases (1. protocolo de tradução e adaptação cultural e 2. validade de conteúdo). RESULTADOS: O escore total variou de 93 a 162 pontos (M = 127,03; DP = 19,62). Quando considerado apenas as multíparas, a pontuação da escala variou de 106 a 156 (M = 131,66; DP = 15,91). A versão mostrou ser de fácil compreensão, obtendo-se adequada validação semântica e de consistência. O Índice de Validação de Conteúdo foi 0,84 e o coeficiente alfa de Cronbach = 0,90. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que a BSES é adequada para screening da confiança materna no seu potencial para amamentar. No entanto, é necessário avaliar as propriedades psicométricas deste instrumento em amostra com diferentes níveis sociais e educacionais e em outras regiões do Brasil.

Auto-eficácia; Aleitamento materno; Estudos de validação


OBJETIVOS: traducir y adaptar la escala Breastfeeding Self-Efficacy Scale (BSES), para la realidad cultural de Brasil y evaluar la validez de contenido de la versión en portugués para que pueda ser utilizada en la población brasileña. MÉTODOS: El estudio se realizó en dos fases (1- protocolo de traducción y adaptación cultural, y 2- Validación del contenido). RESULTADOS: El puntaje total varió de 93 a 162 puntos (P = 127,03; DE = 19,62). Cuando fueron consideradas apenas las multíparas, la puntuación de la escala varió de 106 a 156 (P = 131,66; DE = 15,91). La versión mostró ser de fácil comprensión, obteniéndose una adecuada validación semántica y de consistencia. El Índice de Validación de Contenido fue 0,84 y el coeficiente alfa de Cronbach = 0,90. CONCLUSIONES: Los hallazgos sugieren que la BSES es adecuada para detectar la confianza materna en su potencialidad para amamantar. Sin embargo, es necesario evaluar las propiedades psicométricas de este instrumento en muestras con diferentes niveles sociales y educacionales y en otras regiones de Brasil.

Autoeficacia; Lactancia maternal; Estudios de validación


OBJECTIVES: Translate and adapt the Breastfeeding Self-Efficacy Scale (BSES) to the cultural reality of Brazil and evaluate the content validity of the Portuguese version, so that it can be used in the Brazilian population. METHODS: The study was made in two phases (1- Protocol translation and cultural adaptation, and 2- Validity of Content). RESULTS: The total score ranged from 93 to 162 points (M = 127.03, SD = 19.62). When considering only women who bore many children, the score scale ranged from 106 to 156 (M = 131.66, SD = 15.91). The translated version proved to be easy to understand, showing good consistency and semantic validation. The Index for the Validation of Content was 0.84 and the Cronbach's alpha = 0.90. CONCLUSIONS: The findings suggest that the BSES is suitable for screening the maternal confidence in its potentiality to breastfeed. However, it is necessary to evaluate the psychometric properties of this instrument in samples with different social and educational levels, and in other regions of Brazil

Self efficacy; Breast feeding; Validation studies


ARTIGO ORIGINAL

Tradução e adaptação cultural da Breastfeeding Self-Efficacy Scale para o português* * Trbalho realizado na Universidade Federal do Ceará - Fortaleza (CE), Brasil.

Traducción y adaptación cultural de la Breastfeeding Self-Efficacy Scale para el portugués

Mônica Oliveira Batista OriáI; Lorena Barbosa XimenesII

IEnfermeira. Doutora em Enfermagem. Post-Doc Fellow da University of Virginia, USA. Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. - Fotaleza (CE), Brasil

IIEnfermeira. Doutora em Enfermagem. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. - Fotaleza (CE), Brasil

Autor Correspondente Autor Correspondente: Mônica Oliveira Batista Oriá R. Alexandre Baraúna, 1115 - Rodolfo Teófilo Fortaleza (CE), Brasil - Cep: 60430-160 E-mail: oriaremon@hotmail.com

RESUMO

OBJETIVOS: traduzir e adaptar a Breastfeeding Self-Efficacy Scale ( BSES), para a realidade cultural do Brasil e avaliar a validade de conteúdo da versão em português, para que possa ser utilizada na população brasileira.

MÉTODOS: O estudo envolveu duas fases (1. protocolo de tradução e adaptação cultural e 2. validade de conteúdo).

RESULTADOS: O escore total variou de 93 a 162 pontos (M = 127,03; DP = 19,62). Quando considerado apenas as multíparas, a pontuação da escala variou de 106 a 156 (M = 131,66; DP = 15,91). A versão mostrou ser de fácil compreensão, obtendo-se adequada validação semântica e de consistência. O Índice de Validação de Conteúdo foi 0,84 e o coeficiente alfa de Cronbach = 0,90.

CONCLUSÕES: Os achados sugerem que a BSES é adequada para screening da confiança materna no seu potencial para amamentar. No entanto, é necessário avaliar as propriedades psicométricas deste instrumento em amostra com diferentes níveis sociais e educacionais e em outras regiões do Brasil.

Descritores: Auto-eficácia; Aleitamento materno; Estudos de validação

RESUMEN

OBJETIVOS: traducir y adaptar la escala Breastfeeding Self-Efficacy Scale (BSES), para la realidad cultural de Brasil y evaluar la validez de contenido de la versión en portugués para que pueda ser utilizada en la población brasileña.

MÉTODOS: El estudio se realizó en dos fases (1- protocolo de traducción y adaptación cultural, y 2- Validación del contenido).

RESULTADOS: El puntaje total varió de 93 a 162 puntos (P = 127,03; DE = 19,62). Cuando fueron consideradas apenas las multíparas, la puntuación de la escala varió de 106 a 156 (P = 131,66; DE = 15,91). La versión mostró ser de fácil comprensión, obteniéndose una adecuada validación semántica y de consistencia. El Índice de Validación de Contenido fue 0,84 y el coeficiente alfa de Cronbach = 0,90.

CONCLUSIONES: Los hallazgos sugieren que la BSES es adecuada para detectar la confianza materna en su potencialidad para amamantar. Sin embargo, es necesario evaluar las propiedades psicométricas de este instrumento en muestras con diferentes niveles sociales y educacionales y en otras regiones de Brasil.

Descriptores: Autoeficacia; Lactancia maternal; Estudios de validación

INTRODUÇÃO

O desmame precoce repercute não apenas na saúde da criança, mas também interrompe, de forma abrupta, o vínculo mãe e filho, retarda o retorno da mulher às suas condições físicas anteriores à gravidez e afeta o orçamento familiar devido ao custo das fórmulas lácteas. A enfermagem brasileira tem tido um importante papel no Programa de Aleitamento Materno, encorajando as mulheres a amamentarem, vislumbrando o aumento das taxas de aleitamento exclusivo e, por conseguinte, a diminuição do desmame precoce e das doenças da infância(1).

Um dos aspectos que influencia no desmame precoce é a auto-eficácia ou confiança materna em sua habilidade para amamentar. Pesquisas apontam que 27% das mulheres com baixos níveis de confiança na amamentação durante o período pré-natal interromperam o aleitamento materno dentro da primeira semana pós-parto(2). Mulheres com baixo nível de confiança no aleitamento materno tiveram 3,1 vezes mais risco de interromper a amamentação do que aquelas que tinham total confiança(3).

O construto da confiança ou auto-eficácia foi estudado por Bandura(4-6) fazendo com que ele se destacasse da Teoria da Aprendizagem Social e passasse a definir sua própria teoria como Sócio-Cognitiva ou Teoria Social Cognitiva(7), daí o motivo pelo qual a teoria sócio-cognitiva ser também conhecida como teoria da auto-eficácia.

Esse autor(8) notou que a auto-eficácia medeia os comportamentos de saúde porque as pessoas precisam acreditar que elas podem aderir a comportamentos saudáveis para que assim possam empreender os esforços necessários para alcançá-los. Logo, a crença da mulher de que ela é capaz de amamentar (auto-eficácia) deve ocorrer antes que a amamentação seja empreendida.

Assim, a confiança no aleitamento materno descreve a crença ou expectativa da mulher de que ela possui conhecimentos e habilidades suficientes para amamentar seu bebê com êxito(9). Fundamentadas na teoria da auto-eficácia(10), autoras(11) afirmam que tal confiança se constrói a partir das quatro fontes de informação que fundamentam a expectativa de auto-eficácia, a saber: experiência pessoal (experiências positivas anteriores), experiência vicária (observação de outras mães amamentarem, assistir a vídeos com orientações relacionadas à amamentação), persuasão verbal (apoio e encorajamento de pessoas próximas e respeitadas pela mulher) e estado emocional e fisiológico (reações físicas e psicológicas diante do ato de amamentar). Destarte, estes elementos vão influenciar diretamente na escolha, realização e manutenção da amamentação exclusiva.

Reconhecendo que o comportamento da mulher diante do aleitamento materno ainda não havia sido estudado dentro da perspectiva da auto-eficácia, Dennis e Faux(11) desenvolveram uma escala (Breastfeeding Self-Efficacy Scale - BSES) que pudesse avaliar a confiança materna na amamentação. Para o desenvolvimento da escala, foram realizadas revisões da literatura e uma análise criteriosa do conceito de auto-eficácia. O conteúdo que constituiria as assertivas da escala emergiu dos problemas relacionados à prática e duração da amamentação presentes na literatura(11).

O uso da escala permite ao profissional de saúde conhecer previamente a área em que a mulher tem menor auto-eficácia (ao verificar a pontuação de cada assertiva), possibilitando, assim, a implementação de estratégias de cuidado e promoção do aleitamento materno personalizado, antes dela decidir por não amamentar ou desmamar precocemente. Tal fato pode levar em médio e longo-prazo à redução das taxas de desmame precoce e, conseqüentemente, à melhoria da qualidade de vida do binômio mãe-filho.

A BSES vem sendo utilizada para medir a auto-eficácia das mães na sua habilidade de amamentar. Apesar de ter sido criada e validada no Canadá, a BSES já tem sido validada em outros países de língua inglesa(12), hispânica(13), chinesa(14) e polonesa(15), o que estimula a traduzi-la para o idioma português, e aplicá-la.

Diante do exposto, os objetivos deste estudo foram traduzir e adaptar a Breastfeeding Self-Efficacy Scale(11) para a realidade cultural do Brasil e avaliar a validade de conteúdo da versão em português, para que possa ser utilizada na população brasileira. Acredita-se que a validação de um instrumento dessa natureza será de grande relevância para a promoção da saúde materno-infantil em áreas onde o desmame precoce (de acordo com o tempo de aleitamento exclusivo preconizado pela Organização Mundial da Saúde) é ainda freqüente.

MÉTODOS

Tipo de estudo e participantes

Trata-se de um estudo de delineamento transversal, envolvendo duas fases. A primeira foi constituída do protocolo de tradução, retrotradução e adaptação cultural, que envolveu nove profissionais entre tradutores, revisores e juízes. Além disso, no pré-teste foram incluídas 30 mulheres que estavam sendo assistidas no pré-natal ou puerpério em serviços públicos de saúde. Os critérios utilizados para a seleção dos juízes foram: ser brasileiro com fluência no idioma inglês, ter experiência clínica e/ou de pesquisa relacionada à saúde da criança e/ou aleitamento materno e ter o título de doutor. Para a seleção das informantes foram adotados os seguintes critérios: mulheres sem restrições físicas ou mentais que impossibilitassem a compreensão do instrumento; mulheres que aceitassem ser entrevistadas no pré-natal ou no puerpério; mulheres cujos filhos não apresentavam problemas físicos que impossibilitassem a amamentação (ex. fenda palatina). Em relação às gestantes foram entrevistadas mulheres a partir do terceiro trimestre gestacional, e no caso das puérperas, foram entrevistadas mulheres com no mínimo seis horas após o parto.

Na segunda fase foi realizada a validade de conteúdo do instrumento adaptado a partir da avaliação de três profissionais que lidam com amamentação. O estudo foi realizado em Fortaleza, Ceará entre maio e junho de 2007 ao entrevistar gestantes e puérperas de duas unidades de saúde do setor público. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do complexo hospitalar da Universidade Federal do Ceará e obedeceu às exigências da Resolução Nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde(16). A autorização para tradução, adaptação e validação da escala foi obtida por contato eletrônico com a autora da BSES, Dra Cindy-Lee Dennis.

Questionário sociodemográfico

O perfil socio-econômico-cultural foi avaliado por meio de um questionário estruturado com o objetivo de avaliar as principais características da amostra e a percepção das mulheres em relação à escala.

Breastfeeding Self-Efficacy Scale

Trata-se de uma escala do tipo Likert contendo 33 itens divididos em dois domínios: Técnico e Pensamento Intrapessoal. Cada questão apresenta cinco possibilidades de resposta, com escores variando de 1 a 5. Os escores totais da escala variam de 33 a 165 pontos. Quanto maior o escore, maior a confiança da mulher no seu potencial de amamentar, constituindo, assim, na maior probabilidade de iniciar e manter o aleitamento exclusivo por um período mais longo.

Fases do estudo

Tradução e adaptação

A trajetória metodológica para adaptação da BSES seguiu as etapas de um protocolo de adaptação cultural, considerado bastante completo(17-18). Este protocolo envolve a adaptação dos itens que constituem a escala, além das instruções e opções de respostas, e compreende cinco etapas: 1. tradução inicial, 2. síntese da tradução, 3. retrotradução ou tradução de volta ao idioma original (back-translation), 4. comitê de juizes e 5. pré-teste da versão final (Figura 1).


O comitê, composto de três juízes e um revisor de inglês, avaliou as equivalências semântica, idiomática, experimental e conceitual propostos no protocolo de adaptação(17). Durante o pré-teste foi registrado quanto tempo as mulheres dispensaram para responderem a escala, e depois lhes foi perguntado sobre a compreensão de cada afirmativa e dos itens de resposta.

Validação de conteúdo e confiabilidade

Neste estudo a validade de conteúdo foi realizada por três enfermeiras que têm de 9 a 20 anos de experiência com o aleitamento materno; duas são doutoras em enfermagem; duas atuam diretamente na assistência à nutriz, duas atuam na área de ensino e uma tem experiência simultânea nas áreas de assistência, ensino e pesquisa. Uma das especialistas tinha experiência anterior com adaptação e validação de escalas psicométricas.

Após a versão final da escala ter sido confeccionada pelos tradutores e juízes, as especialistas em aleitamento materno receberam a escala e um instrumento contendo três questões a serem respondidas em relação a cada item: 1. avaliar a compreensão dos itens, 2. classificar os itens em domínios e 3. avaliar o grau de relevância dos itens da escala. A avaliação do grau de relevância foi realizada usando uma escala que varia de 1 a 4 pontos (1. Irrelevante, 2. Pouco relevante, 3. Realmente relevante, 4. Muito relevante) e serviu de base para o cálculo do Índice de Validação de Conteúdo (IVC).

A validade de conteúdo permite ao pesquisador avaliar se a escala e as questões que a constituam são representativas do domínio do conteúdo que o pesquisador pretende medir(18). Por ser um processo muito subjetivo, a validade de conteúdo tem sido alvo de diversas críticas no meio científico e algumas estratégias têm sido desenvolvidas para torná-la mais objetiva. Uma delas é a construção do IVC preconizado por Waltz e Bausell(19) e utilizado por outros pesquisadores para quantificar a extensão da concordância entre os especialistas(20-21).

O IVC foi calculado a partir da média dos índices de validação de conteúdo para todos os itens da escala (S-CVI/Ave), proporção de itens de uma escala que atinge escores 3 - relevante - e 4 - muito relevante - por todos os especialistas (S-CVI/UA) e validade de conteúdo dos itens individuais (I-CVI)(22).

Para verificar a consistência interna ou confiabilidade da Breastfeeding Self-Efficacy Scale (Escala para a Auto-Eficácia da Amamentação) foi utilizado o alfa de Cronbach.

Análise estatística

As informações coletadas foram organizadas no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS Inc., Chicago, Estados Unidos, versão 14.0) para que os dados pudessem ser processados. A análise exploratória dos dados constou de testes estatísticos descritivos e de freqüências, além do alfa de Cronbach. Um valor de p <0.05 foi considerado significativo.

RESULTADOS

As versões obtidas durante o processo de tradução e adaptação estão apresentadas no Quadro 1. A escala final encontra-se na Tabela 1, na qual estão apresentadas também a relação item-total, a média e o alfa de Cronbach da escala de acordo com a exclusão de cada item.


Após a escala passar pelas três primeiras etapas do processo de adaptação descrito na Figura 1, os juízes que avaliaram a escala decidiram substituir as expressões 4 weeks (4 semanas) - item 17 e 6 weeks (6 semanas) - item 23 por "um mês" e "um mês e meio", respectivamente, pois a expressão em semanas é mais utilizada na área clínica, não sendo uma linguagem muito utilizada entre a clientela de gestantes no Brasil, o que poderia acarretar problemas no entendimento dos itens. A palavra breastfeeding em alguns momentos foi substituída por "amamentar" e outras vezes por "dar de mamar" concedendo um tom mais amigável e próximo às mães.

As expressões correctly (corretamente), properly (apropriadamente) e successfully (com sucesso) foram, algumas vezes, substituídas pela expressão direitinho (itens 9, 12, 30) como forma de deixar a escala mais leve, sem transmitir às mulheres qualquer sentido de imposição. Outras expressões foram ainda substituídas tais como: recognize (reconhecer) e determine (determinar) foram substituídas por sentir (itens 4 e 6); bowl movements (movimentos intestinais) foi substituída por fezes (Item 10) já que muitas mães têm dificuldades de avaliar a presença dos movimentos intestinais; formula (fórmulas lácteas) foi adaptada para leite em pó (item 11) por ser um termo mais comum à linguagem da clientela; supply and demand rule (regra da oferta e da procura) foi substituída pela expressão de acordo com as necessidades do bebê (item 16).

No item 30, o comitê fez a seguinte alteração: sucking at my breast (sugando meu peito) foi substituída por chupando o peito, considerando que o bebê que está ao seio materno, chupa o peito e suga o leite. Por fim, a expressão keep up with (item 32) que não tem tradução literal e é de difícil adaptação foi substituída por adequar.

Durante a revisão da professora de inglês a expressão I can always (eu sempre posso) foi considerada autocrática e distante da mulher (uma peculiaridade do verbo can), logo a expressão só foi mantida quando da presença de um agente externo (itens 8, 14, 15, 20, 24, 26, 27, 31 e 32). Nos demais itens a expressão de base ficou "eu sempre" mais o verbo conjugado no presente e não no infinitivo como no original.

Um ponto de difícil avaliação foram os itens de respostas a serem utilizados na escala. Na versão para o inglês, da tradução para o português as respostas variaram de 1= not confident at all - não confio de jeito nenhum a 5= very confident - muito confiante (padrão 1). Porém, por não ser culturalmente muito utilizada a terminologia de confiança, o comitê de juízes criou um novo padrão de resposta que variava de 1=discordo totalmente a 5=concordo totalmente (padrão 2). Durante o pré-teste foram usados os dois padrões de resposta e foi perguntado às mulheres qual deles era o de mais fácil compreensão. Uma vez que a mulher escolhia qual o padrão a ser utilizado este foi seguido durante a aplicação de toda a escala. Destarte, 17 participantes optaram pelo padrão 2, sendo, portanto este escolhido para constituir a versão final da escala adaptada para o português. Além de ter considerado a perspectiva das mulheres, essa mudança no padrão de resposta foi discutida com a autora da escala e já foi realizada em outras adaptações da BSES(14).

Para o pré-teste foram entrevistadas 30 mulheres sendo 15 gestantes (4 primigestas e 11 multigestas) e 15 puérperas (6 primíparas e 9 multíparas), com idades variando de16 a43 anos (M=26,33 e DP=7,17). Em geral, as mulheres eram casadas ou viviam em união consensual (24), não exerciam atividades remuneradas, tendo como principal ocupação ser dona de casa (16); quanto a escolaridade 13 tinham completado o ensino médio, o que equivale a 12 anos de estudo. As mulheres envolvidas no pré-teste estavam sendo assistidas no pré-natal ou puerpério em serviços públicos de saúde, logo, esperava-se uma baixa renda familiar, embora tenha havido uma grande variação, com renda deR$ 50,00 aR$ 1.900,00/mensais com média de R$ 672,14*. Entre as mulheres que tiveram partos anteriores, prevaleceu o parto normal (14) em relação ao cesariano (11). Treze mulheres informaram ter tido experiência anterior com amamentação sendo que 5 amamentaram exclusivamente seus filhos anteriores por mais de quatro meses.

Em relação à aplicação da escala, 14 mulheres (12 gestantes e 2 puérperas) responderam sozinhas (sob a supervisão do pesquisador) e 16 preferiram ser entrevistadas. O fato de apenas duas puérperas terem respondido a escala sozinhas pode ter sido um reflexo do desgaste físico do pós-parto (mesmo a escala sendo aplicada seis horas após o parto) ou da atenção que a mãe está concedendo ao seu bebê, tendo em vista que a aplicação da escala foi realizada no alojamento conjunto.

O tempo utilizado pelas mulheres para completar a escala variou de 4 a 15 (M=9; DP=2,75) minutos. As participantes foram unânimes em considerar a escala fácil de compreender, no entanto 15 mulheres referiram dúvidas em pelo, menos, um item, sendo que duas mulheres tiveram dúvidas em cinco itens. Os itens que mais apresentaram dúvidas foram o 29 (8 mulheres), o 23 (6 mulheres) e o 32 (5 mulheres). Para minimizar este problema, facilitar a compreensão da escala, e evitar qualquer duplicidade de sentido que pudesse levar a mulher a um erro de interpretação, a versão pré-testada retornou para os juízes e foram construídos exemplos ou expressões adicionais que foram colocadas entre parênteses logo após os itens 3, 7, 10, 17, 19, 20, 23, 27, 29, 31 e 32. Após a inserção das expressões, a escala foi novamente aplicada às mesmas mulheres e elas concordaram que os itens ficaram mais compreensíveis.

O escore total da escala variou de 93 a 162 pontos (M= 127,03; DP = 19,62). Quando considerado apenas as multíparas a pontuação da escala variou de 106 a 156 (M= 131,66; DP= 15,91). O alfa de Cronbach foi 0,90 indicando ótima consistência interna. A correlação item-total (Tabela 1) revelou 5 itens abaixo de 0,30, contudo os itens permaneceram na escala para mais análises.

Em relação ao conteúdo, os itens foram considerados compreensíveis e em 66% das vezes os especialistas colocaram corretamente os itens nos domínios, conforme definidos na versão original. Os resultados da análise das especialistas em relação ao grau de relevância de cada item foram organizados em um banco de dados para que fosse calculado o IVC. Nas três formas utilizadas foi obtido um IVC = 0,84, indicando um bom nível de concordância entre os especialistas.

DISCUSSÃO

A prevalência da amamentação na Região Nordeste é de 85,9% nos primeiros 30 dias de vida, chegando a 74,8% aos 120 dias. Quando se considera apenas amamentação exclusiva, as prevalências caem para 49,9% e 19,3% aos 30 e 120 dias, respectivamente. No caso específico de Fortaleza -CE a prevalência da amamentação exclusiva é de 73,4% e 29%, aos 30 e 120 dias de vida, respectivamente(23). Essas estatísticas denotam a existência de uma importante prevalência do desmame precoce que pode contribuir para maiores taxas de doenças diarréicas. Estudos apontam que o desmame precoce se constitui em um dos fatores associados ao surgimento de episódios de diarréia em crianças menores de um ano(24). Além disso, o desmame precoce (antes de 12 semanas) pode repercutir na saúde da criança até os 18 meses de idade(25).

Diante desse quadro, o desenvolvimento de estratégias que possam contribuir para a promoção da amamentação exclusiva e redução do desmame precoce é importante para a saúde pública, e pode trazer implicações positivas para a promoção da saúde da criança e da família como um todo.

A BSES atualmente vem sendo utilizada para medir a confiança das mães na sua habilidade de amamentar em diversos países(11-15). O presente estudo realizou, pela primeira vez, a tradução e adaptação da BSES para um país da América do Sul, o que torna relevante sua aplicação na realidade cultural do Brasil.

A tradução e adaptação de instrumentos previamente validados em outros países é um procedimento legítimo, além de reduzir custos e facilitar o intercâmbio entre pesquisadores em âmbito internacional. "A adaptação de um instrumento para outro idioma é um processo complexo. Devido às diferenças culturais, não se pode realizar uma simples tradução [...]. Para adaptar um instrumento para outro idioma deve-se ter em conta aspectos técnicos, lingüísticos e semânticos"(26).

A BSES, como objeto principal desta investigação, passou por um processo de tradução e adaptação transcultural que levou mais de um ano para ser concluído. Alguns pontos colaboraram para a demora no processo de adaptação da BSES, a saber: a seleção criteriosa do protocolo de tradução e adaptação com o objetivo de obter maior rigor e fidedignidade na tradução e adaptação, de modo que optou-se por um protocolo rigoroso constituído de cinco fases(17-18). Alguns pesquisadores têm sugerido processos menos complexos que otimizam o tempo e parecem ser tão válidos quanto os demais(27), contudo mais estudos utilizando métodos simplificados precisam ser realizados para avaliar se não há prejuízos na qualidade do instrumento traduzido e adaptado; a seleção dos sujeitos que colaborariam em cada uma das fases do protocolo também foi relevante para se obter um instrumento próximo do original (mensurando o mesmo construto), mas que fosse compatível com a realidade cultural do Brasil; e o pré-teste demanda tempo, mas é necessário e válido, pois sem a percepção inicial do público alvo não se pode prever as direções que a escala poderia assumir. Além disso, a amostra envolvida no pré-teste retrata a realidade da população feminina usuária do serviço público de saúde. A partir do pré-teste foi possível verificar palavras e expressões que provocaram confusão e poderiam interferir nos resultados.

A modificação das expressões em semanas para meses e do padrão de respostas também ocorreram em outras adaptações da BSES(14-15). Além de ter considerado a perspectiva das mulheres a mudança no padrão de resposta foi discutida com a autora da escala por via eletrônica. A inserção de exemplos em alguns itens teve como principal objetivo facilitar o entendimento por parte das mulheres, bem como evitar viéses relacionados à interpretação dos resultados. Além disso, essa estratégia tem sido utilizada por outros pesquisadores(28). Vale enfatizar que, ao considerar que o português é o idioma oficial de outros países novas adaptações podem ser necessárias para utilizá-la em outros países, de língua portuguesa.

A validade de conteúdo refere-se à adequação da cobertura da área do conteúdo que está sendo medido, com base em um julgamento subjetivo. Como a BSES já teve seus domínios (Técnico e Pensamento intrapessoal) e afirmativas validadas em seu conteúdo original (inglês), foi realizada uma revalidação do conteúdo em português. Isso é relevante para que se possa avaliar se cada afirmativa que constitui a BSES tem relação com a realidade cultural do Brasil e, portanto, sua presença na versão em português faz sentido.

O conteúdo da BSES foi considerado compreensivo, categorizado em domínios e considerado relevante. A escala atingiu um IVC = 0,84 (muito próximo da escala original = 0,86)(11) indicando que a escala é representativa do conteúdo a ser estudado sobre a amamentação no Brasil, pois o desejável é um IVC maior que 0,80(30). Esses achados evidenciam que o conteúdo da escala elaborada no contexto canadense, quando adaptado para o português, abrange situações comuns ao cotidiano da nutriz brasileira e, portanto, faz sentido ser avaliado na realidade cultural do Brasil.

O alfa de Cronbach foi 0,90 indicando ótima consistência interna e muito próximo dos valores de alfa de Cronbach de versões aplicadas no Canadá (0,96)(11), Austrália (0,97)(12), Porto Rico (0,96)(13) e China (0,93)(14). A correlação item-total revelou cinco itens (17, 23, 27, 28 e 31) abaixo de 0,30, contudo foi decidido deixá-los na escala para mais análises. Tal conduta também foi assumida no estudo original(11). Além disso, a retirada de qualquer um dos itens, separadamente, não influenciou no resultado final do alfa de Cronbach. Somente com a exclusão dos cinco itens em conjunto, o alfa de Cronbach aumentaria para 0,92. A retirada de itens com valores de correlação item-total menores que 0,30 é recomendada apenas quando o alfa de Cronbach é muito baixo (menor que 0,70)(30).

Vale ressaltar que o processo de adaptação buscou deixar a escala o mais simples possível, para que fosse compreensível para pessoas dos mais diversos estratos sociais e regiões do país, embora se considere importante que sejam realizadas pesquisas utilizando outros grupos amostrais.

CONCLUSÃO

O uso da referida escala permite ao profissional de saúde conhecer, previamente, a confiança que cada mulher tem para a prática da amamentação. Logo, a identificação de mulheres com menores chances de amamentar (escores menores), possibilita que o profissional conheça cada área em que a mulher tem menor nível de confiança (ao verificar a pontuação de cada item), possibilitando, assim, a implementação de estratégias de cuidado e promoção do aleitamento materno personalizado, minimizando o risco de não amamentar ou desmamar precocemente. Tal fato pode levar em médio e longo-prazo à redução das taxas de desmame precoce e prolongamento do período de, aleitamento materno exclusivo. Apesar da análise das propriedades psicométricas ter sido realizada em Fortaleza - CE, há a necessidade de serem avaliadasas propriedades psicométricas deste instrumento em amostras com diferentes níveis sociais e educacionais e em outras regiões do Brasil.

AGRADECIMENTOS

As autoras agradecem a FUNCAP (Edital FUNCAP/MCT/CNPq/CT-INFRA Nº04/ 2006, Processo nº 9970/06) e CAPES (Bolsa de Doutorado) pelo apoio concedido para o desenvolvimento deste estudo.

REFERÊNCIAS

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  • Autor Correspondente:
    Mônica Oliveira Batista Oriá
    R. Alexandre Baraúna, 1115 - Rodolfo Teófilo
    Fortaleza (CE), Brasil - Cep: 60430-160
    E-mail:
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    Trbalho realizado na Universidade Federal do Ceará - Fortaleza (CE), Brasil.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Maio 2010
    • Data do Fascículo
      Abr 2010
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