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Lesão de superfície ocular em unidade de terapia intensiva: ensaio clinico auto-pareado

Lesiones de la superficie ocular en unidad de cuidados intensivos: ensayo clínico autocontrolado

Resumo

Objetivo

Analisar a ocorrência de lesão de superfície ocular em Unidade de Terapia Intensiva, entre pacientes sedados e/ou incapazes de piscar.

Métodos

Ensaio Clínico Auto-pareado, realizado na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital da região noroeste do Paraná, Brasil, entre julho/2016 e janeiro/2017. Participaram 27 pacientes sem lesões oculares prévias, submetidos à limpeza ocular bilateral, com solução fisiológica 0,9% e oclusão do olho direito com filme transparente de poliuretano. Testou-se associação da ocorrência de lesão ocular com variáveis demográficas, clínicas, assistenciais e ambientais, por meio do Teste Exato de Fischer e; comparação do tempo livre de lesão (dias), com e sem uso da cobertura para proteção ocular, por meio do Teste de Wilcoxon

Resultados

A lesão ocular associou-se com jejum (p=0,0039), menor risco de morte (p=0,0056) e; maior tempo de internação (p=0,0088). A oclusão com filme transparente de poliuretano no olho direito foi considerada fator de proteção (p=0,0019), com maior tempo livre de lesão no olho direito (4,1 dias) se comparado ao olho esquerdo (2,4 dias) (p=0,00222).

Conclusão

Na UTI investigada, a oclusão ocular apresentou-se efetiva à proteção dos olhos, especialmente entre pacientes em jejum, com maior chance de sobrevivência e tempo de internação prolongada.

Lesões da córnea; Cuidados de enfermagem; Fatores de risco; Unidades de terapia intensiva

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