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Janelas sem horizonte: uma análise iconográfica da Anunciação no cinema.

Windows without horizon: an iconographic analysis of the Annunciation in films.

Em L’Annonciation Italienne – Une histoire de perspective, Daniel Arasse investiga a incidência da perspectiva na iconografia da Anunciação. Eis o paradoxo identificado: a técnica da perspectiva, “forma simbólica” de um mundo comensurável, estaria em desacordo com a figuração do Incomensurável. Para responder a esse problema, Arasse busca na “desordem da perspectiva” índices materiais da presença de Deus (Encarnação). Este artigo pretende identificar como semelhante desafio se deu no cinema. Veremos que as implicações religiosas de outrora se diluem em uma operação de transposição de meios: como retrabalhar os dispositivos espaciais da pintura através de meios estritamente fílmicos? Para esse dilema representacional, analisaremos dois filmes: As sombras (Jean-Claude Brisseau, 1982) e O estranho caso de Angélica (Manoel de Oliveira, 2010).

Anunciação; perspectiva; As sombras; O estranho caso de Angélica


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