Neste trabalho hipotetizamos que o carvão pirogênico (biochar) apresenta propriedades capazes de substituir a matéria orgânica fresca (esterco bovino) devido a ações eletrofisiológicas no complexo solo-planta atribuídas a este material, tendo ainda a vantagem de ser mais estável e duradouro. O experimento foi realizado no viveiro da Universidade do Estado de Mato Grosso, município de Nova Xavantina, no período de abril a junho de 2011. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com dez tratamentos e quatro repetições, incluindo um substrato comercial. Testes de regressão linear demonstraram uma relação fortemente positiva dos tratamentos de esterco com biomassa fresca e seca, número de folhas, diâmetro, altura e Índice de Qualidade de Dickson aos 30 e 40 dias após a semeadura (DAS), à exceção da altura aos 30 DAS. Por outro lado, não foi verificada relação significativa com as doses de biochar em nenhuma avaliação para nenhum destes parâmetros. A utilização de substratos com diferentes doses de esterco bovino proporcionou melhora na qualidade das mudas superior ao biochar e ao substrato comercial. A hipótese de que o biochar substitui a matéria orgânica fresca, com a vantagem da maior estabilidade do material no substrato, não se sustentou.
Solanum melongena; carvão vegetal; esterco bovino; produção de mudas