RESUMO
O esterco de poedeira in natura é utilizado como fertilizante, mas pouco se sabe se esta prática pode contaminar o solo com organismos patogênicos. O objetivo do trabalho foi o de avaliar o efeito da adubação orgânica, organomineral e mineral na contaminação do solo com estes organismos, utilizando o esterco de poedeira como fertilizante orgânico. Foram aplicadas 7,0 (milho 2008/2009), 8,0 (trigo 2009) e 14 t ha-1 (milho 2010/11) de esterco, em experimentos a campo. A adubação organomineral consistiu em 50% destas quantidades e 50% das quantidades aplicadas com fertilizantes minerais. Após 30 e 70 dias da adubação, avaliou-se a ocorrência de ovos e de larvas de helmintos e de bactérias enteropatogênicas no fertilizante orgânico e destes microrganismos na camada de 0-5 cm do Latossolo. Coliformes totais e fecais (Escherichia coli e Clostridium perfringens) foram constatados no fertilizante orgânico, enquanto Salmonella sp e os enteroparasitas não foram detectados. A população de bactérias enteropatogênicas do solo foi similar entre os tratamentos, em todas as culturas e ambas épocas de avaliações. A população de coliformes termotolerantes do fertilizante orgânico foi maior que o máximo permitido no Brasil, mas a adubação orgânica ou organomineral não contaminou o solo.
Palavras-chave
contaminação do solo; qualidade do solo; Triticum aestivum;
Zea mays
