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Plant breeding in the turn of the millennium

A transição da fase de coleta e caça para a agricultura ocorreu há cerca de dez mil anos independentemente e em vários locais no mundo. Naquela época iniciou-se a domesticação da maioria das espécies cultivadas, dando início às atividades agrícolas. Os melhoristas foram responsáveis pelo fenomenal progresso genético de um vasto número de espécies. Incluem-se os híbridos, a introgressão de genes de ancestrais silvestres e a própria Revolução Verde iniciada com os cereais na década de 60. As novas variedades desenvolvidas pelo melhoramento genético, associadas ao uso de tecnologia adequada (fertilizantes, preparo do solo etc.), permitiram que importadores de alimentos se tornassem exportadores. A despeito das contribuições do melhoramento genético e do ambiente, as perspectivas de contribuição no futuro são ainda maiores. Na virada do milênio o melhoramento no mundo globalizado enfrenta novos desafios, tendo a sua disposição novas tecnologias. Acredita-se que ele deva continuar evoluindo em direção a progressos genéticos mais previsíveis de forma gradativa, com o uso da biotecnologia. A parceira estabelecida entre melhoristas e biotecnologistas resultará em benefícios para a sociedade. Atualmente, variedades desenvolvidas via biotecnologia estão sendo cultivadas em grandes áreas em diversos países. Todavia, alguns possíveis impactos negativos da biotecnologia tem sido considerados, a exemplo da vulnerabilidade biotecnológica interespecífica, passível de ocorrer quando, por exemplo, um gene da resistência a uma praga fosse introduzido em várias espécies simultaneamente, resultando na possibilidade de uma suscetibilidade endêmica na eventualidade de quebra desta resistência. A corrida da biotecnologia certamente criará novas perspectivas para o melhorista mas, eventualmente, poderá estabelecer platôs de rendimentos com as restrições impostas pela piramidação de genes para as características criadas via biotecnologia, resultando no que se denomina de arresto gênico.


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