Foi realizado um estudo da comunidade bacteriana de peixes e da água do rio Congonhas, próximo à sua foz no rio Tibagi, município de Sertaneja, Paraná, Brasil. De 44% dos peixes analisados, foram isoladas estirpes de Pseudomonas, Acinetobacter, Aeromonas, Enterobacteriaceae, Micrococcus, Bacillus e Lactobacillus. Destas, a mais abundante foi Aeromonas. Na água do rio Congonhas foram detectados os grupos Pseudomonas, Acinetobacter, Aeromonas, Enterobacteriaceae, Bacillus e Flavobacterium, dos quais os predominantes foram Flavobacterium e Acinetobacter. Os números de unidades formadoras de colônias por mililitro de água variaram entre 3,1x10² e 1,0x10³. Embora não tenha sido detectado um padrão claro nas resistências das diferentes estirpes a nove substâncias antimicrobianas, tais resistências foram observadas em maior número entre as bactérias Gram negativas aeróbias. Foi observada muito freqüentemente uma resistência simultânea à furazolidona, ao ácido oxolínico e à norfloxacina, sobretudo nas bactérias isoladas dos peixes e nas aeróbias isoladas da água. Os antibióticos aos quais foram observadas menos resistências foram a oxitetraciclina, nas bactérias isoladas da água, e o trimetoprim-sulfametoxazol, a oxitetraciclina e o cloranfenicol, nas estirpes isoladas dos peixes.
