A toxicidade aguda de amostras de sedimento coletadas em alguns pontos do Estuário de Santos foi avaliada por meio de teste de toxicidade de utilizando o anfípodo escavador Tiburonella viscana. A sobrevivência de animais aclimatados por 2 e 15 dias foi também comparada. A sensibilidade dos organismos-teste foi avaliada pela sobrevivência após 48horas de exposição ao dicromato de potássio (K2Cr2O7). As amostras provenientes das praias do Gonzaga, Paranapuã e Prainha não foram tóxicas para T. viscana, enquanto as amostras coletadas no Mar de São Vicente e no Canal de Santos causaram efeitos tóxicos. O tempo de aclimatação não afetou significativamente a sobrevivência, apesar da maior mortalidade entre os animais aclimatados por 15 dias. A CL50-48h para o dicromato foi 6,029mg/L (3,27-11,12). Teste de toxicidade com T. viscana mostrou-se útil na avaliação da qualidade de sedimentos do Estuário de Santos. Além disso, estes animais foram considerados tão sensíveis quanto outras espécies usadas em bioensaios. Assim, testes com T. viscana devem ser recomendados como parte integrante de programas de monitoramento
