Foi estudada a ultra-estrutura foliar de cinco espécies brasileiras de Xyris, utilizando microscópio eletrônico de varredura (MEV), microscópio eletrônico de transmissão (MET) e métodos histoquímicos. Na epiderme e mesofilo de todas as folhas estudadas encontram-se caracteres que podem ser interpretados como adaptativos a condições xéricas. Tais caracteres incluem a presença de uma camada parietal interna de natureza péctica nas células oclusivas e a ocorrência de finas ramificações elétron-densas, também de natureza péctica, formando uma rede na camada cuticular. Compostos pécticos também são freqüentes nas paredes lameladas das células do mesofilo e na superfície interna das paredes esclerificadas das células da bainha dos feixes vasculares. Ocorrem, ainda, acúmulos de compostos fenólicos no vacúolo das células epidérmicas e células especializadas no mesofilo, denominadas "peg cells".
