Acessibilidade / Reportar erro

Meio século de produção científica em Mercado de Capitais no Brasil em periódicos de alto impacto

RESUMO

Este artigo apresenta uma análise da pesquisa científica brasileira em Mercado de Capitais, no período de 1961 a 2016, publicada em periódicos de alto impacto da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Pretendeu-se traçar um perfil da pesquisa em Mercado de Capitais a partir de periódicos com classificação no estrato A2 segundo a lista Qualis/CAPES em 2010, bem como os periódicos específicos da área como RBFin, RBMEC, CE e RC&F. Metodologicamente se trata de um estudo empírico com investigação bibliométrica, de corte temporal longitudinal, de abordagem quantitativa e amostragem estatística não probabilística, descritivo quanto aos fins, e documental quanto aos meios. Como principais resultados, os artigos de Mercado de Capitais representaram 458 artigos (6,12%) do total de 7.489 artigos publicados nesses periódicos, produzidos por 607 autores em 12 diferentes revistas científicas brasileiras, ressaltando-se que a produção brasileira representa somente 43% da produção das estrangeiras, ou seja, 13.053 artigos em 91.684 artigos. A RBFin, RC&F, RBMEC e RAE (Impresso) publicaram, respectivamente, a maior parte dos artigos, e a RBFin foi o periódico que se destacou com 28% da produção científica no período estudado. Dessa forma, a produção científica de Mercado de Capitais apresentou-se muito concentrada em poucos indivíduos, em instituições das regiões sudeste e sul e publicadas, em sua maioria, em revistas especificas.

Palavras-chave:
Mercado de Capitais; Finanças; Produção científica; Estudo bibliométrico; Periódicos Brasileiros

ABSTRACT

This article presents an analysis of the Brazilian scientific research in Capital Markets, from 1961 to 2016, published in journals of high impact in the area of Administration, Accounting and Tourism. We intend to outline a research profile in Capital Markets from journals with A2 impact factor classification according to the Qualis/CAPES list in 2010, as well as the specific periodicals of the area such as RBFin, RBMEC, CE and RC&F. Methodologically, this is an empirical study with bibliometric investigation, longitudinal temporal cross-section, quantitative approach and a statistical non-probabilistic sampling, descriptive regarding the purpose, and documental regarding the means. As main results, capital market articles represented 458 papers (6.12%) of the 7,489 papers published in these journals, produced by 607 authors in 12 different Brazilian scientific journals, emphasizing that the Brazilian production represents only 43% of foreign production, that is, 13,053 articles of 91,684 articles. The RBFin, RC&F, RBMEC and RAE (Print) published, respectively, the majority of the articles, with the RBFin being the journal that stood out with 28% of the scientific production in the studied period. Therefore, the scientific production of Capital Markets appears to be very concentrated in few individuals, in institutions of the southeast and south regions and published, mostly, in specific scientific periodicals.

Keywords:
Capital Market; Finances; Academic production; Bibliometric study; Brazilian journals

1. INTRODUÇÃO

As economias necessitam de crescimento e desenvolvimento para proporcionar aos seus agentes um nível melhor de vida. Para que haja essa expansão, é preciso que as empresas façam investimentos para acumulação de capital produtivo e aumento de sua produtividade. Os investimentos em economia podem ser considerados a mola propulsora do crescimento econômico. O estudo do Mercado de Capitais é relevante para entender os mecanismos de canalização de poupanças para o investimento produtivo, bem como a eficiência dessas alocações. O Mercado de Capitais oferece diversos instrumentos de financiamento a médio e longo prazo para suprir as necessidades dos agentes econômicos, tais como títulos (debêntures e ações) e fundos estruturados (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FIDCs, Fundos de Investimento em Participação - FIP e Fundos de Investimento em Empresas Emergentes - FIEE).

A área de Mercado de Capitais conta com estudiosos da Administração, Economia, Contabilidade, Engenharia de Produção, Matemática e Estatística, entre outras. As revistas científicas, principalmente, bem como os livros didáticos, são fontes de disseminação, exposição de ideias e desenvolvimento do conhecimento, independentemente da área acadêmica dos pesquisadores. Para que isso ocorra, as publicações dos autores vinculam-se à circulação de ideias em tais fontes (HOFFMAN; HOLBROOK, 1993HOFFMAN, Donna L.; HOLBROOK, Morris B. The intellectual structure of consumer research: a bibliometric study of author cocitations in the first 15 years of the Journal of Consumer Research. Journal of Consumer Research, Chicago, v. 19, n. 4, p. 505-517, mar. 1993.; SOUZA et al., 2008SOUZA, Flávia Cruz de et al. Finance Journals: características dos principais periódicos, autores importantes e artigos mais citados. Revista Brasileira de Finanças, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 113-132, 2008.).

Investigar a produção de um campo tem importância, já que pode revelar: (a) as tendências temáticas; (b) os instituições de ensino e pesquisa mais produtivos; (c) os autores mais proeminentes; (d) os artigos mais citados; (e) as questões de pesquisa repetidas; e (f) caminhos futuros de pesquisa. O modelo bibliométrico permite analisar a produtividade evolutiva levando em consideração estudos anteriores, ou seja, mensura o desenvolvimento, as características e a produtividade dos autores de artigos científicos de uma determinada área (LEAL, ALMEIDA; BORTOLON, 2013LEAL, Ricardo Pereira Câmara; ALMEIDA, Vinicio de Souza e; BORTOLON, Patrícia Marla. Produção científica brasileira em Finanças no período 2000-2010. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 46-55, jan./fev. 2013.).

Com o intuito de contribuir para o avanço da Ciência e Tecnologia (C&T), especificamente as pesquisas de Mercado de Capitais, além de disseminar novas fontes de discussão, o presente estudo teve por objetivo traçar um perfil da pesquisa em Mercado de Capitais no Brasil, no período de 1961 a 2016, nos periódicos de alto impacto com classificação no estrato A2 pela área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo no Qualis/CAPES em 2010, bem como os periódicos específicos da área RBFin, RBMEC, CE e RC&F. Para tanto, procurou-se identificar os veículos mais frequentes de publicação dos trabalhos, quem são e onde atuam os principais pesquisadores.

Sendo assim, este artigo está estruturado em 4 seções, além da introdução. Na segunda parte, apresentam-se as bases teóricas e empíricas do estudo, na terceira seção são apresentados os procedimentos metodológicos, seguidos da análise e apresentação dos resultados e, por fim, as considerações finais.

2. BASES TEÓRICAS E EMPÍRICAS DO ESTUDO

A questão da produtividade acadêmica nos diversos campos do conhecimento tem sido alvo constante de pesquisas, incluindo a área de Mercado de Capitais, com predomínio dos temas sobre as dificuldades e facilidades da produção de conhecimento na forma de artigos científicos. Nesse sentido, Chan, Chen e Fung (2009)CHAN, Kam C.; CHEN, Carl R.; FUNG, Hung-Gay. Pedigree or placement? An analysis of research productivity in finance. The Financial Review, v. 44, n. 1, p. 87-111, fev. 2009. examinaram os efeitos do pedigree and placement sobre a produtividade em finanças, e encontraram resultados que sugerem que pesquisadores ligados a instituições de elevada reputação (por eles chamadas de instituições de elite) tendem a ser mais produtivos, destacadamente quando considerados os journals de maior impacto.

O estudo de questões associadas aos trabalhos publicados em periódicos especializados em Finanças é um tema já existente na literatura (OLTHETEN; THEOHARAKIS; TRAVLOS, 2005OLTHETEN, Elisabeth; THEOHARAKIS, Vasilis; TRAVLOS, Nicholaos G. Faculty perceptions and readership patterns of finance journals: a global view. Journal of Financial and Quantitative Analysis, v. 40, n. 1, p. 223-239, 2005.). Chan, Chen e Lung (2007)CHAN, Kam C.;CHEN, Carl R.; LUNG, Peter P. One-and-a-half decades of global research output in finance: 1990-2004. Review of Quantitative Finance and Accounting, v. 28, n. 4, p. 417-439, 2007. estudaram resultados de pesquisas de alcance internacional em Finanças, publicados no período de 1990-2004. Outras pesquisas, desde então, têm dedicado atenção ao entendimento de padrões dos trabalhos publicados no campo de Finanças, destacando-se Hardin III et al. (2008)HARDIN III, William G. et al. Finance editorial board membership and research productivity. Review of Quantitative Finance and Accounting, v. 31, n. 3, p. 225-240, 2008., os quais analisaram o impacto da participação em conselhos editoriais de revistas científicas sobre a produtividade em pesquisa.

No Brasil, a área de Finanças também já foi contemplada com pesquisas do tipo bibliométrica, como a empreendida neste artigo, conforme se observa no Quadro 1.

Quadro 1
Revisão da Literatura

No Quadro 1, constata-se, que apenas um artigo tratou especificamente da produção científica relacionada ao Mercado de Capitais.

No caso específico da área de Mercado de Capitais, Nascimento, Pereira e Toledo Filho (2010) empreenderam uma análise dos periódicos de contabilidade, no período de 1998 a 2008, com esse mesmo foco. No entanto, os autores limitaram a pesquisa utilizando como critério as publicações acadêmicas especificamente da área contábil, o que caracterizou a amostra com periódicos de classificação no Qualis/CAPES de níveis B1 a C.

Matsumoto et al. (2008)MATSUMOTO, Alberto Shigueru et al. A pesquisa em Finanças no Brasil: a estrutura das colaborações científicas. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA - SEGeT, 5., 2008, Resende. Anais... Resende: Associação Educacional Dom Bosco - AEDB, 2008. também analisaram periódicos, no entanto da área de administração. Foram avaliadas 158 publicações de 4 periódicos brasileiros, entre o período de janeiro de 2000 a dezembro de 2007.

Já nos estudos realizados por Camargos, Coutinho e Amaral (2005)CAMARGOS, Marcos Antônio de; COUTINHO, Eduardo Senra; AMARAL, Hudson Fernandes. O perfil da área de finanças do Enanpad: um levantamento da produção científica e de suas tendências entre 2000-2004. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO - EnANPAD, 28., 2005, Curitiba. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2005. utilizaram-se artigos científicos da área de Finanças publicados nos anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) compreendidos no período de 2000 a 2004. Mais a frente, em 2009, Camargos, Castro Silva e Dias aumentam a amostra para 391 artigos publicados nos anais do EnANPAD, abordando o período de 2000 a 2008.

Leal, Oliveira e Soluri (2003)LEAL, Ricardo Pereira Câmara; OLIVEIRA, Jefferson de. Perfil da pesquisa em Finanças no Brasil. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 91-104, jan./mar. 2003. analisaram uma amostra que abrangia artigos de Finanças publicados nos 5 principais periódicos, segundo classificação dos autores, além de artigos publicados no EnANPAD. Esse trabalho é considerado a primeira produção científica em Finanças no Brasil. Os autores basearam-se em 25 anos de consulta, de 1974 a 2001, composta por 815 artigos.

Leal, Almeida e Bortolon (2013)LEAL, Ricardo Pereira Câmara; ALMEIDA, Vinicio de Souza e; BORTOLON, Patrícia Marla. Produção científica brasileira em Finanças no período 2000-2010. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 46-55, jan./fev. 2013. examinaram a amostra de Leal, Oliveira e Soluri (2003)LEAL, Ricardo Pereira Câmara; OLIVEIRA, Jefferson de. Perfil da pesquisa em Finanças no Brasil. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 91-104, jan./mar. 2003., adicionando mais alguns periódicos da área de Administração e de áreas correlatas que publicam artigos de Finanças ocasionalmente, no período de 2000 a 2010, totalizando 11 revistas científicas.

A fim de contribuir com as pesquisas sobre Finanças no Brasil, Mendes-da-Silva, Onusic e Giglio (2013)MENDES-DA-SILVA, Wesley; ONUSIC, Luciana Massaro; GIGLIO, Ernesto Michelangelo. Rede de pesquisadores de Finanças no Brasil: um mundo pequeno feito por poucos. Revista de Administração Contemporânea - RAC, Rio de Janeiro, v. 17, n. 6, p. 739-763, nov./dez. 2013. basearam seu artigo mediante critérios utilizados por Leal, Almeida e Bortolon (2013)LEAL, Ricardo Pereira Câmara; ALMEIDA, Vinicio de Souza e; BORTOLON, Patrícia Marla. Produção científica brasileira em Finanças no período 2000-2010. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 46-55, jan./fev. 2013., adicionando um periódico classificado como A2, segundo Qualis/CAPES. Para tanto, analisaram 12 periódicos brasileiros e 532 artigos, no período de 2003 a 2012.

Traçar o perfil de uma determinada área, nesse sentido, não é um fato novo. Em Mercado de Capitais, porém, não se conhece um trabalho dessa natureza no país. Diante disso, apresenta-se, nos próximos tópicos, a metodologia, demonstrando a forma de levantamento e tratamento de dados, bem como as análises e resultados do presente estudo.

3. METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma investigação bibliométrica. De acordo com Borschiver e Guedes (2005, p. 15)BORSCHIVER, Suzana; GUEDES, Vânia Lisboa da Silveira. Bibliometria: uma revisão da literatura dessa ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. In: SEMINARIO DE GESTIÓN TECNOLÓGICA - ALTEC, 11., 2005, Salvador. Anais... São Paulo: ALTEC, 2005.,

Bibliometria é uma ferramenta estatística que permite mapear e gerar diferentes indicadores de tratamento e gestão da informação e do conhecimento, especialmente em sistemas de informação e de comunicação científicos e tecnológicos, e de produtividade, necessários ao planejamento, avaliação e gestão da ciência e da tecnologia, de uma determinada comunidade científica ou país.

Desta forma, esta pesquisa bibliométrica é um estudo empírico, de corte temporal longitudinal e amostragem estatística não probabilística e, para explicar o tipo de pesquisa, adotou-se a taxionomia proposta por Vergara (2011)VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 13. ed. São Paulo: Atlas , 2011., que a estabelece segundo dois critérios, a saber: quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, este estudo caracteriza-se como descritivo. Segundo Vergara (2011)VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 13. ed. São Paulo: Atlas , 2011., esse tipo de pesquisa trata-se da exposição de características de determinada população ou de determinado fenômeno, que pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza, descrevendo-se os resultados a partir da análise de sua observação.

Desta forma, pretendeu-se examinar e descrever o estado da arte, no que diz respeito ao Mercado de Capitais. Os dados são oriundos de periódicos científicos brasileiros, da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo e de áreas correlatas que publicam artigos de Mercado de Capitais ocasionalmente. Ressalta-se que o critério para a escolha foram publicações em periódicos com classificação no estrato A2 segundo a lista Qualis/CAPES em 2010, bem como os periódicos específicos da área como RBFin, RC&F e RBMEC. No caso específico da Revista Brasileira do Mercado de Capitais (RBMEC), apesar de sua publicação irregular nos anos 70 e 80 e subsequente extinção, ela foi um dos principais veículos de divulgação dos trabalhos acadêmicos de finanças no país durante muitos anos e, por isso, foi incluída na análise. Ela utilizava um comitê editorial, com um ocasional processo de blind review.

Ainda se ressalta que para a seleção das revistas estrangeiras (Qualis A1), utilizou-se também como critério a lista Qualis/CAPES em 2010, incluindo-se a aderência de estudos na área de finanças, economia e áreas correlatas.

Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa documental que, segundo Vergara (2011)VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 13. ed. São Paulo: Atlas , 2011., é uma investigação realizada a partir de documentos e dados de qualquer natureza disponibilizados pela organização. No presente estudo, os dados foram obtidos por meio dos artigos disponibilizados na internet, pelas instituições acadêmicas em seus periódicos, a saber: Brazilian Administration Review (BAR); Brazilian Business Review (BBR); Revista de Administração e Contabilidade (RAC); Revista de Administração e Contabilidade Eletrônica (RAC-e); Revista de Administração e Economia (RAE); Revista de Administração e Economia Impresso (RAE - Impresso); Revista de Administração da Universidade de São Paulo (RAUSP); Revista Brasileira de Economia (RBE); Revista Brasileira de Finanças (RBFin); Revista Brasileira do Mercado de Capitais (RBMEC); Revista de Contabilidade e Finanças (RC&F) e a sua anterior edição denominada Caderno de Estudos (CE).

Salienta-se, ainda, que como parâmetros adotados para os levantamentos dos artigos dentro dos periódicos, além do exame individual em cada estudo publicado, o recrutamento dos artigos se deu pela congruência e aderência, também, a termos mais comuns utilizados em artigos de mercado de capitais, verificados com base nos títulos, resumos, palavras-chave e textos das pesquisas.

Trata-se, também de um estudo de abordagem quantitativa. Segundo Richardson (2004)RICHARDSON, Roberto Jarry. Metodologia da pesquisa aplicável às ciências sociais. In: BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004., abordagem a partir de amostras representativas aplicadas às análises estatísticas, quantificam-se os dados procurando uma distinção conclusiva. Nesta pesquisa, os dados foram tratados por meio de análise estatística descritiva utilizando o software Excel® (Microsoft).

Ressalta-se que no segundo momento foi verificado se a frequência da produção dos autores procede de uma distribuição do tipo de lagrangiana de Poisson, estabelecendo-se o nível de confiança de 95%, bem como testando a hipótese presente no Quadro 2:

Quadro 2
Hipóteses da pesquisa e avaliação

Diante disso, faz-se necessária a apresentação e análise dos resultados, o que é estabelecido no próximo tópico.

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Os dados empregados neste trabalho refletem um conjunto total de 454 artigos publicados na área de Mercado de Capitais, por 606 autores, em 11 diferentes revistas científicas brasileiras no período 1961-2016.

Com base no apresentado na TAB. 1, é possível identificar que 6,12% são especificamente sobre mercado de capitais, no que tange aos artigos produzidos no Brasil, nas revistas de classificações mais elevadas (A2 predominantemente). Possivelmente esse resultado seja coerente com o perfil brasileiro no mercado de capitais, sendo possível estabelecer uma comparação com a TAB. 2:

Tabela 1
Número total de artigos e de artigos de mercado de capitais em periódicos nacionais
Tabela 2
Número total de artigos e de artigos de mercado de capitais em periódicos internacionais

Conforme exposto na TAB. 2, a produção de artigos na área de mercado de capitais corresponde a 14,24% dos trabalhos produzidos nas revistas das áreas de finanças e correlatas. Vale salientar que, ao comparar as publicações de mercado de capitais no Brasil com as estrangeiras, pode-se observar que elas são baixas, representando somente 43% da produção das estrangeiras.

Conforme apresentado na TAB.3 e FIG.1, as revistas tiveram distintas datas de início e apesar de a maioria permanecer até hoje, algumas já encerraram. Ressalta-se que os dados foram levantados até dezembro de 2016.

Tabela 3
Período de vigência dos periódicos

Constatou-se, com base nos parâmetros apresentados, que a Revista Brasileira de Economia (RBE) não possui artigos em mercado de capitais, apesar de fazer parte da amostra. Por este motivo, evidentemente, a RBE foi excluída nas análises subsequentes e, portanto, considerado apenas o período de 1961 a 2016.

A FIG. 1 foi elaborada com a finalidade de apresentar graficamente como estão disponibilizadas as produções dos periódicos no período estudado (compreendido entre 1961 a 2016). Pode-se, portanto, observar que a maioria dos periódicos apresenta a intercessão no período de 2007 a 2009, o que provavelmente também pode ter influenciado na elevada produção no ano de 2008 conforme demonstrado nas análises subsequentes.

Figura 1
Linha do tempo das revistas

A TAB. 4 apresenta que a RAE (Impresso) e a RC&F, respectivamente, são os periódicos que mais apresentam impacto no período compreendido em 2010 e 2015. Quanto à taxa de impacto em citações ocorridos no mesmo período, a RC&F e a BBR são os periódicos que apresentaram maiores frequências, respectivamente.

Tabela 4
perfil dos periódicos levantados

Com relação ao ano de publicação, é possível verificar, por meio do GRÁF. 1, a frequência com que foram realizadas as publicações. Pode-se, por conseguinte, identificar que o desenvolvimento da pesquisa, com publicações em revistas de elevada qualificação no Brasil, apresenta oscilações relevantes, como a baixa produção durante 19 anos, no período de 1981 a 2001. Durante os anos de 1963 a 2001, observa-se uma média de 4 artigos publicados por ano. Já no período de 2002 a 2016 a média sobe, significativamente para 22 artigos publicados por ano. Importante ressaltar que estão apresentados no GRAF. 1 os anos em que houve pelo menos uma publicação e, por esse motivo, possui saltos nos anos de 1964, 1966 a 1971, 1982, 1988, 1995 e 1999, respectivamente, sendo apenas o período entre 2000 e 2016 o que permaneceu constante as publicações e, sobretudo, elevadas, apresentando-se, por isso, uma evolução científica bem como a atenção constante na área pesquisada. Não se sabe o motivo da ausência consecutiva durante 5 anos de publicações desse tema nos periódicos de alto impacto e, portanto, encontra-se uma lacuna para futuros estudos.

Gráfico 1
Produção anual em mercado de capitais

Apesar das oscilações, o período mais fértil foi entre 2002 e 2014, sendo o ápice no ano de 2014, com destaque para os anos de 2014, 2015, 2008 e 2012, dentre os quais, talvez coincidentemente, 2008 foi o ano em que o mercado financeiro mundial esteve mais turbulento por causa da crise econômica iniciada nos Estados Unidos com o estouro da bolha especulativa no mercado imobiliário. Será que realmente esse pressuposto está correto, ou foi uma atenção de autores e/ou periódicos com similitude no período? Na tentativa de entender isso, elaboraram-se algumas análises a respeito dos autores e revistas, as quais são apresentadas a seguir. Não obstante, foi analisada, primeiramente, a frequência total de produção dos periódicos e autores.

No que tange ao sexo, evidenciou-se que, na área de mercado de capitais, a produção é predominantemente masculina (conforme representado no GRÁF.2). Resultado de certa forma já esperado, tendo em vista que no mercado (associado a finanças) predominam homens (cargos majoritariamente tidos como masculinos), bem como foi o resultado encontrado nas pesquisas anteriores (apresentados no Quadro 1).

Gráfico 2
Sexo dos autores

Vale ressaltar que na amostra dois artigos foram produzidos por instituições, sendo assim não considerou como sexo, e estas representam 0,33% do número total de autores.

No GRAF. 3 foi possível verificar a quantidade de autores que publicaram artigos na área estudada por periódico. Ressalta-se que no total compreendem-se 454 artigos. Identificou-se que a RBFin foi a que mais teve publicações, mesmo sendo um periódico com ‘apenas’ 15 anos de existência; em segundo lugar, a RC&F (que antes era um periódico denominado “Caderno de Estudos”, mas foi extinto e iniciou as suas publicações em 2001); a RBMEC (a qual iniciou as publicações em 1974 e era exclusiva da área, bem como encerrou sua vigência mais cedo, em 1989) e terceiro lugar. RAE (Impresso) é a quarta com mais publicações, mas também é a mais antiga (tendo início no ano de 1961, e publicações na área pesquisada desde 1963).

Gráfico 3
Percentual de autores que publicaram artigos em mercado de capitais por periódico

Ainda vale salientar que 5 dos 11 periódicos elaboraram edições especiais, a saber: BAR (no ano de 2012); BBR (no ano de 2015); RAC (nos anos de 2001, 2003, 2004, duas em 2005, 2006, duas em 2007, 2008, 2009, 2010, 2014, e três em 2015); RAE - Impresso (nos anos de 2004, 2005 e 2006); e RC&F (2006, 2007 e 2014). Isso pode ter auxiliado no crescimento das produções por ano, bem como indica interesse por parte dos periódicos em temas no mercado, sendo, assim, mais uma lacuna para futuros estudos.

Diante das produções analisadas, pode-se observar quais autores publicaram, bem como com que frequência estes publicaram. Tais elementos são representados na TAB. 5, evidenciando-se os autores mais prolíficos; vale ressaltar que os autores foram ranqueados de acordo com o número de publicações.

Tabela 5
Autores prolíficos em mercado de capitais

Os autores na TAB. 5 representam 6,26% do total de autores que publicaram artigos presentes na amostra. No entanto, sua produção representa 54,59% do total dos artigos de Mercado de Capitais encontrados. Outra constatação é de que os autores que publicaram mais de 6 artigos (15 autores) representam quase 31% (30,79%) de toda a produção dos artigos de Mercado de Capitais encontrados.

A fim de verificar com que periodicidade os autores realizaram as publicações, na tentativa de identificar se há presença de uma linha de pesquisa duradoura ou apenas momentânea, bem como a constância do envolvimento do autor com a produção no tema de Mercado de Capitais e afins, elaborou-se a FIG.2, na qual é possível fazer algumas inferências como estas.

Figura 2
Periodicidade da produção dos autores mais prolíferos

Evidenciou-se, conforme disposto na FIG. 2, que os autores dos primeiros lugares do ranking são os que mantêm uma continuidade de produção científica na área, não sendo apenas muitos artigos num curto espaço de tempo, o que proporciona a inferência de que são autores os quais possuem linhas de pesquisa na área e/ou grupos/núcleos de pesquisa coesos e sólidos na área de mercado de capitais. Ressalta- se que o autor mais veterano na área (Walter Lee Ness Jr) é também quem mais manteve uma constância nas publicações, apesar de não ser tão homogênea a periodicidade (distribuição) apresentando um período de 16 anos sem publicar nesses periódicos de alto impacto e outros específicos da área, como um dos autores mais prolíferos (Ricardo Pereira Câmara Leal).

Ainda vale ressaltar que, dentre os autores mais prolíferos, existem duas mulheres (a Adriana Bruscato Bortoluzzo e a Fernanda Finotti Cordeiro Perobelli), que representam 7,14% dos autores mais prolíferos; 0,33% do total de autores; e 2,08% do total de mulheres que publicam nos periódicos brasileiros de alto impacto e específicos da área de mercado de capitais, sendo este um resultado relevante para a análise de gênero em produções científicas em finanças.

A maioria dos autores, 76,11%, que equivale a 462 em um total de 607 autores, publicaram apenas uma vez. Já os que publicaram duas vezes somaram 76, representando 12,52% do total. Somente 6,75% dos autores publicaram acima de 3 artigos e, quando se passa para publicações acima de 4 artigos apenas 4,61% do total dos autores apresentaram essa frequência. Essas características são apresentadas na TAB. 6:

Tabela 6
Frequência da produção por autor

Com a finalidade de se identificar a origem das produções, obteve-se a verificação dos vínculos institucionais dos autores e, assim, encontraram-se diversas instituições, das quais foram selecionadas as 10 com maior participação nas publicações, a saber: Fundação Getúlio Vargas (FGV); Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE); Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC); Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD/UFRJ); Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - Rio); Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (USP - RP); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Ressalta-se que, apesar de representarem a maioria dos autores, a produção acumulada dessas instituições representa 32,40% do total da produção de todas as instituições. Desta forma, analisou-se a frequência de artigos publicados por instituição, correlacionando ao periódico, apresentado na TAB. 7:

Tabela 7
Ranking do Número de artigos publicados em periódicos nacionais selecionados segundo o vínculo profissional dos autores

Também com base na TAB. 7, foi possível observar que, aparentemente, há a preferência de publicações da própria instituição em seu periódico, como é possível observar na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (USP - RP), em que 49,21% e 66,67% dos artigos publicados são na RAUSP, respectivamente, bem como todos os artigos publicados no Caderno de Estudos (CE) foram publicados por autores da USP; e no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), em que 76,92% dos artigos publicados são na RBMEC.

Por fim, com a finalidade de verificar se as produções dos autores procediam de uma distribuição do tipo de lagrangiana de Poisson, a qual demonstra a relação da produtividade dos autores, realizou-se o tratamento pertinente. A TAB. 8 apresenta a distribuição das frequências de artigos produzidas:

Tabela 8
Distribuição das frequências observadas dos artigos produzidos por autor

A partir desses dados, puderam-se obter as variáveis para aplicação ao modelo, as quais são discriminadas na TAB. 9:

Tabela 9
Valores das variáveis aplicadas ao modelo

Após o tratamento de dados, finalizando a aplicação do modelo, foi verificada a relação da frequência observada com a frequência teórica e, assim, aplicado ao Qui-quadrado, conforme apresentado na TAB. 10:

Tabela 10
Cálculo do qui-quadrado

Diante do cálculo do Qui-quadrado (representado por X²), obteve-se o parâmetro do grau de liberdade, o qual se representou como 6. Ressaltando-se que o parâmetro estabelecido foi com o nível de confiança de 95%, avaliando o grau de liberdade sobre a tabela de valores críticos de X², o valor é de 12,5916. Esse valor é elevadamente inferior ao obtido no cálculo, significando que se rejeita a hipótese nula. Destarte, conclui-se que os presentes valores das frequências não procedem de uma distribuição do tipo de lagrangiana de Poisson. O GRÁF. 4 apresenta como foi a relação da frequência observada com a teórica:

Gráfico 4
Relação da frequência observada com a frequência teórica

A partir da relação apresentada no GRÁF. 4, é possível verificar que na frequência esperada (que é a frequência teórica) aponta que a maioria dos autores publicaria apenas uma vez, mas não seria tão elevada como na frequência observada; além disso, que diminuiria de forma gradativa, já na realidade a mudança foi significativamente expressiva. A partir dessa verificação, já é possível inferir que não seria aderente ao modelo estudado, o que foi comprovado ao se testar a hipótese nula.

Diante disso, apresentam-se as considerações finais do presente estudo no próximo tópico.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve por objetivo traçar um perfil da pesquisa em Mercado de Capitais no Brasil, no período de 1961 a 2016, dos periódicos com publicações de alto impacto, com classificação no estrato A2 no Qualis/CAPES da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo em 2010, bem como os periódicos específicos da área RBFin, RBMEC, CE e RC&F.

Desta forma, este estudo analisou 458 artigos de Mercado de Capitais, publicados em 12 periódicos científicos nacionais das áreas de Administração, Ciências Contábeis e Turismo - um foi excluído pelo fato de não apresentar nenhuma produção em mercado de capitais -, no período entre 1961 e 2016. Os artigos de Mercado de Capitais representaram 6,12% do total de 7.489 artigos publicados nesses periódicos no período estabelecido na amostra, ressaltando-se que a produção brasileira representa somente 43% da produção das estrangeiras. A RBFin, RC&F, RBMEC e RAE (Impresso) publicaram, respectivamente, a maior parte dos artigos de Mercado de Capitais.

A produção científica em Mercado de Capitais apresentou-se muito concentrada em poucos indivíduos, em poucas instituições das regiões sudeste e sul e publicadas, em sua maioria, em revistas especificas. Tal informação pode ser confrontada com a presença dos estados com maior participação na geração de PIB do país, bem como das instituições de ensino que tradicionalmente mais formam pesquisadores nas áreas de Administração, Ciências Contábeis e Turismo.

A aplicação da análise estatística descritiva na amostra dos dados apresentou uma baixa produtividade e com grande variabilidade durante o período analisado. A maioria dos autores (76%) publicou apenas um artigo. Apenas 69 autores publicaram 3 ou mais artigos, representando 11,37% do total dos autores, e as frequências de produção não procedem de uma distribuição do tipo de lagrangiana de Poisson. Tais dados permitem inferir que a grande maioria dos artigos é resultante de trabalhos isolados não vinculados a núcleos de pesquisa voltados para a pesquisa na área de mercado de capitais. Uma exceção a essa inferência foram os artigos produzidos pelo IBMEC, antigo instituto de pesquisa criado em meados da década de 70, que além de manter um grupo de pesquisa focado em Mercado de Capitais, divulgava seus trabalhos em uma revista própria, a RBMEC.

Constatou-se, também, que a produção é predominantemente masculina, com representatividade de 84,18% dos autores.

Por fim, como limitações deste trabalho, podem ser destacadas: i) a concentração da análise em periódicos de áreas correlatas incluindo aqueles classificados no estrato A2 pelos representantes da área de Administração na Qualis/CAPES; e ii) a subjetividade inerente à análise de cada um dos autores deste trabalho, que pode ter levado a conclusões distintas para uma mesma situação/variável, apesar dos esforços empreendidos em dirimir todas as dúvidas e ambiguidades.

Desta forma sugere-se, para pesquisas futuras, a realização de estudos que analisem periódicos de outras áreas e classificações, em mercado de capitais, bem como a verificação das lacunas encontradas, como o fato de não se saber o motivo da ausência consecutiva durante cinco anos de publicações desse tema nos periódicos de alto impacto; a discussão dos resultados sobre a baixa produtividade do gênero feminino na área de mercado de capitais; a produtividade elevada encontrada em alguns períodos específicos; bem como o motivo pelo qual os periódicos elaboraram edições especiais em dados períodos.

  • Não há conflito de interesse entre os autores. Todos os autores contribuíram com a ideia, elaboração, coleta de dados e finalização do artigo. O primeiro autor é o idealizador da pesquisa, que também contribuiu no desenvolvimento, conclusão e finalização do artigo. O segundo autor contribuiu com o desenvolvimento, levantamento, tratamento e análise dos dados, conclusão e finalização do artigo. A terceira autora contribuiu com o referencial teórico, levantamento e tratamento de dados, bem como, no desenvolvimento do artigo. O quarto autor contribuiu no desenvolvimento, conclusão e finalização do artigo.

6. REFERENCES

  • BORSCHIVER, Suzana; GUEDES, Vânia Lisboa da Silveira. Bibliometria: uma revisão da literatura dessa ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. In: SEMINARIO DE GESTIÓN TECNOLÓGICA - ALTEC, 11., 2005, Salvador. Anais... São Paulo: ALTEC, 2005.
  • CAMARGOS, Marcos Antônio de; COUTINHO, Eduardo Senra; AMARAL, Hudson Fernandes. O perfil da área de finanças do Enanpad: um levantamento da produção científica e de suas tendências entre 2000-2004. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO - EnANPAD, 28., 2005, Curitiba. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2005.
  • CAMARGOS, Marcos Antônio de; CASTRO SILVA, Wendel Alex; DIAS, Alexandre Teixeira. Análise da produção científica em Finanças entre 2000-2008: um estudo bibliométrico dos Encontros da ANPAD. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO - EnANPAD, 33., 2009, São Paulo. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD , 2009.
  • CHAN, Kam C.; CHEN, Carl R.; FUNG, Hung-Gay. Pedigree or placement? An analysis of research productivity in finance. The Financial Review, v. 44, n. 1, p. 87-111, fev. 2009.
  • CHAN, Kam C.;CHEN, Carl R.; LUNG, Peter P. One-and-a-half decades of global research output in finance: 1990-2004. Review of Quantitative Finance and Accounting, v. 28, n. 4, p. 417-439, 2007.
  • HARDIN III, William G. et al Finance editorial board membership and research productivity. Review of Quantitative Finance and Accounting, v. 31, n. 3, p. 225-240, 2008.
  • HOFFMAN, Donna L.; HOLBROOK, Morris B. The intellectual structure of consumer research: a bibliometric study of author cocitations in the first 15 years of the Journal of Consumer Research. Journal of Consumer Research, Chicago, v. 19, n. 4, p. 505-517, mar. 1993.
  • LEAL, Ricardo Pereira Câmara; ALMEIDA, Vinicio de Souza e; BORTOLON, Patrícia Marla. Produção científica brasileira em Finanças no período 2000-2010. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 46-55, jan./fev. 2013.
  • LEAL, Ricardo Pereira Câmara; OLIVEIRA, Jefferson de. Perfil da pesquisa em Finanças no Brasil. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 91-104, jan./mar. 2003.
  • MATSUMOTO, Alberto Shigueru et al A pesquisa em Finanças no Brasil: a estrutura das colaborações científicas. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA - SEGeT, 5., 2008, Resende. Anais... Resende: Associação Educacional Dom Bosco - AEDB, 2008.
  • MENDES-DA-SILVA, Wesley; ONUSIC, Luciana Massaro; GIGLIO, Ernesto Michelangelo. Rede de pesquisadores de Finanças no Brasil: um mundo pequeno feito por poucos. Revista de Administração Contemporânea - RAC, Rio de Janeiro, v. 17, n. 6, p. 739-763, nov./dez. 2013.
  • OLTHETEN, Elisabeth; THEOHARAKIS, Vasilis; TRAVLOS, Nicholaos G. Faculty perceptions and readership patterns of finance journals: a global view. Journal of Financial and Quantitative Analysis, v. 40, n. 1, p. 223-239, 2005.
  • RICHARDSON, Roberto Jarry. Metodologia da pesquisa aplicável às ciências sociais. In: BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
  • SOUZA, Flávia Cruz de et al Finance Journals: características dos principais periódicos, autores importantes e artigos mais citados. Revista Brasileira de Finanças, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 113-132, 2008.
  • SPELL. Scientific Periodicals Eletronic Library 2017. Disponível em: <http://www.spell.org.br/>. Acesso em: 01 out. 2017.
    » http://www.spell.org.br/
  • VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração 13. ed. São Paulo: Atlas , 2011.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    May-Jun 2018

Histórico

  • Recebido
    22 Out 2016
  • Revisado
    10 Ago 2017
  • Aceito
    03 Nov 2017
  • Publicado
    24 Mar 2018
Fucape Business School Av. Fernando Ferrari, 1358, Boa Vista, 29075-505, Vitória, Espírito Santo, Brasil, (27) 4009-4423 - Vitória - ES - Brazil
E-mail: bbronline@bbronline.com.br