Este trabalho avaliou o impacto de tempos aumentados de condicionamento ácido e da estratégia adesiva na resistência de união por microcisalhamento de três materiais utilizados como selantes de fóssulas e fissuras. Dois tradicionais selantes, [FluroShield, Dentsply (fotoativado) e AlphaSeal, DFL (quimicamente ativado)] e uma resina composta de baixa viscosidade (Permaflo, Ultradent) foram utilizados de acordo com diferentes tempos de condicionamento ácido (15 s e 30 s) e diferentes estratégias de união (sem aplicação de sistema adesivo, aplicação de um primer + resina hidrófoba, e aplicação apenas de uma resina hidrófoba). Fragmentos de esmalte intacto foram obtidos de incisivos bovinos e os materiais foram aplicados respeitando-se os protocolos anteriormente descritos. Após 24 h, o teste de microcisalhamento foi executado utilizando-se uma máquina de ensaio universal, com velocidade de 0,5 mm/min. O padrão de fratura foi classificado com auxílio de lupa estereoscópica. Os dados foram submetidos aos testes ANOVA a três critérios e de Tukey (α=0.05). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os materiais. Permaflo apresentou maior resistência de união quando o esmalte foi condicionado por 30 s apenas. O sobrecondicionamento do esmalte diminuiu a resistência de união do selante fotopolimerizável. O tratamento prévio do esmalte com primer + resina hidrófoba melhorou a performance adesiva para o AlphaSeal. Todos os materiais apresentaram valores de resistência de união estatisticamente similares em relação ao protocolo adesivo e ao tempo de condicionamento ácido. A resina composta de baixa viscosidade poderá ser utilizada como selante de fóssulas e fissuras. A aplicação de um sistema adesivo de três passos é essencial durante o selamento com selante quimicamente ativado.