Este estudo objetivou mensurar a atividade anti-bacteriana residual de várias pastas à base de hidróxido de cálcio [Ca(OH)2], após permanecerem em canais radiculares de cães com lesões periapicais crônicas induzidas. Os canais radiculares foram instrumentados com o sistema Profile e preenchidos com quatro diferentes pastas: G1-Ca(OH)2 p.a./solução anestésica (n=16), G2-Calen®/PMCC (n=20), G3-Calen® (n=18) e G4-Ca(OH)2 p.a./solução de digluconato de clorexidina a 2% (n=18). Transcorridos 21 dias, amostras foram recuperadas dos canais radiculares com limas Kerr #60 e colocadas em placas de Petri com ágar semeado com Micrococcus luteus ATCC 9341. Pastas não aplicadas nos canais radiculares serviram como controle. Após pré-difusão, incubação e otimização, as zonas de inibição do crescimento bacteriano foram mensuradas e analisadas pelo teste de Mann-Whitney (a<0.05). Verificou-se que todas as pastas apresentaram ação antibacteriana residual, com maiores halos para as amostras-controles. As médias dos halos de inibição para G1, G2, G3 e G4 foram 7,6; 10,4; 17,7 e 21,4 mm, respectivamente. Os halos de inibição de G4 foram significativamente superiores as de G1 e G2 (p<0.05). Portanto, independentemente do veículo, todas as pastas à base de Ca(OH)2 determinaram, em diferentes magnitudes, atividade anti-bacteriana residual mensurável. Ademais, diferentemente do PMCC, a solução de digluconato de clorexidina a 2% ampliou significativamente, a atividade anti-bacteriana residual do hidróxido de cálcio.
