Restaurações protéticas provadas na cavidade bucal dos pacientes são fontes potenciais de infecção. Para evitar infecção cruzada, protocolos de controle de infecção devem ser estabelecidos no consultório e laboratório odontológicos. Este estudo avaliou a eficácia antimicrobiana de desinfetantes químicos em coroas metálicas contaminadas com microorganismos. Coroas totais fundidas com liga de Ni-Cr foram divididas em grupo controle (n=6) e 5 grupos experimentais (n=18). As coroas foram colocadas em balões de vidro e esterilizadas em autoclave. A suspensão microbiana de cada tipo de cepa (S. aureus, P. aeruginosa, S. mutans, E. faecalis e C. albicans) foi assepticamente adicionada a cada grupo experimental, e as coroas foram deixadas contaminar por 30 min. Os corpos-de-prova contaminados foram colocados em recipientes com os desinfetantes químicos (hipoclorito de sódio 1% e 2% e glutaraldeído) por 5, 10 e 15 min. A seguir, as coroas foram colocadas em tubos contendo diferentes meios de cultura e incubadas a 35ºC. Os corpos-de-prova do grupo controle foram contaminados, imersos em água destilada por 20 min e a seguir colocados em tubos de ensaio com meio de cultura Thioglycollate e incubados a 35ºC. A análise do crescimento microbiano foi realizada pelo exame visual qualitativo após 48 h, 7 e 12 dias. Houve crescimento microbiano apenas no grupo controle. No grupo experimental não foi observada turvação dos meios de cultura, independentemente das cepas e períodos de imersão. Conclui-se que todos desinfetantes químicos foram eficazes para prevenir o crescimento microbiano.