Este estudo ex vivo comparou os exames visual e radiográfico com a análise histológica no diagnóstico de cárie interproximal em pré-molares e molares permanentes extraídos. Também foi avaliada a relação entre os aspectos clínicos e as lesões de cárie. Para tanto, 88 superfícies proximais (de 44 dentes recém-extraídos) foram seccionadas longitudinalmente com um disco diamantado de 370 µm, polidas com lixas abrasivas e observadas em estereomicroscópio com aumento de x40. A sensibilidade e especificidade dos exames clínico e radiográfico foram 65,6% e 83,3%, e 29,7% e 95,8%, respectivamente. O índice de Kappa variou de 0,64 a 0,91. As manchas brancas corresponderam a danos em esmalte, enquanto as manchas escuras corresponderam à profundidade da junção amelo-dentinária. As cavitações clínicas corresponderam a lesões em dentina, na maioria dos casos. Conclui-se que o exame radiográfico interproximal não é um método confiável para descoberta clínica de lesões de cáries proximais incipientes.
