O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos altos valores de torque de inserção na distribuição de tensões e deformações no osso cortical e medular. Com base em imagens de tomografia computadorizada, um modelo matemático representativo de um segmento da maxila foi construído utilizando os programas Mimics 11.11 e Solid Works 2010. Seis modelos foram construídos e cada um recebeu um implante com os seguintes torques de inserção no hexágono externo: 30, 40, 50, 60, 70 ou 80 Ncm. O osso cortical e medular foi considerado anisotrópico. A interface osso/implante foi considerada perfeitamente unida. A análise numérica foi realizada através do Ansys Workbench 10.0. A convergência de análise (6%) determinou o refinamento da malha. A tensão máxima principal (σmax) e a deformação máxima principal (εmax) foram obtidos para o osso cortical e medular ao redor do implante. O teste de correlação de Pearson foi utilizado para determinar a correlação entre torque de inserção e de concentração de tensões e deformações no tecido ósseo peri-implantar, considerando o nível de significância de 5%. O aumento no torque de inserção gerou um aumento nos valores σmax e εmax para o osso cortical e medular. O σmax foi menor para o osso medular, com maior variação de tensão entre os torques de inserção. O εmax foi maior no osso medular em relação ao osso cortical. De acordo com a metodologia utilizada e com os limites do estudo, pode-se concluir que torques alto de inserção aumentou as concentrações de tensões de tração e compressão no tecido ósseo peri-implantar.
