A pesquisa teve como objetivo avaliar a biocompatibilidade através da técnica de implantes intra-ósseos dos materiais utilizados em odontopediatria para tratamento pulpar: hidróxido de cálcio, pastas Guedes Pinto e CTZ, de acordo com as recomendações da FDI (1980) e ANSI/ADA(1982). Trinta guinea pigs, dez para cada material, divididos em períodos experimentais de 4 e 12 semanas receberam um implante em cada lado da sínfise mandibular. A parede lateral externa do copo serviu como controle para a técnica. No final dos períodos experimentais, os animais foram sacrificados e os espécimes preparados para o exame histológico de rotina. Observou-se que o hidróxido de cálcio e a pasta CTZ mostraram reação inflamatória severa, grande quantidade de tecido necrosado, linfócitos, células de corpo estranho e reabsorção óssea; enquanto a pasta Guedes Pinto induziu pouca ou nenhuma inflamação no período de 4 semanas. Após 12 semanas as reações para o hidróxido de cálcio e pasta Guedes Pinto foram ausentes/suaves apresentando um padrão geral de substituição por tecido ósseo neoformado, enquanto uma resposta inflamatória de moderada a severa foi observada para a pasta CTZ. A pasta Guedes Pinto apresentou níveis aceitáveis de biocompatibilidade nos dois períodos analisados; hidróxido de cálcio apresentou biocompatibilidade aceitável somente no período de 12 semanas e a pasta CTZ não mostrou biocompatibilidade em ambos os períodos. Entre estes, apenas a pasta Guedes Pinto apresentou níveis de biocompatibilidade nos dois períodos analisados.