Resumo
Os cuidados com a saúde bucal são de fundamental importância para a preservação da integridade do indivíduo e, consequentemente, refletem na saúde geral. Este estudo transversal, observacional e analítico avaliou a situação bucal de 129 alunos com deficiência intelectual matriculados na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de três municípios do sul do Brasil. Cárie dentária (índices CPO-D e ceo-d) e doença periodontal (índice PSR) foram avaliados considerando o nível de deficiência intelectual. Um questionário das condições socioeconômicas (renda e escolaridade) e última visita ao dentista foi respondida pelos pais/responsáveis. Os dados foram avaliados estatisticamente utilizando análise de variância (ANOVA) e teste Tukey (α=0,05). As médias no índice CPO-D foram de 2,27, 3,76 e 0,58 (p<0,05) e no índice ceo-d foram de 1,48, 1,55 e 2,75 para os alunos com deficiência leve, moderada e severa, respectivamente. Com relação ao índice PSR, 43% dos alunos apresentou gengivite sem fator de retenção (sem cálculo ou defeitos marginais), não tendo diferença estatística entre os três níveis de deficiência. Considerando a população e as limitações do estudo, observou-se que alunos com deficiência severa apresentaram índice CPO-D significativamente menor comparado com outros níveis de deficiência, provavelmente devido à higiene oral ser realizada pelos cuidadores/responsáveis.
