Este estudo comparou as atitudes e comportamento de estudantes de odontologia do quarto ano em relação às medidas de controle de infecção em 1995 e 2005. Questionários foram aplicados a 592 estudantes em cinco diferentes faculdades de odontologia em 1995 (n=350) e 2005 (n=242). Testes de qui-quadrado e testes exatos de Fisher foram utilizados. O nível de significância estatística utilizado foi p<0,05. As taxas de respostas foram iguais a 90,3% em 1995 e 81,0% em 2005. Não houve melhora no uso de luvas (p=0,316), máscaras (p=0,572) ou gorros (p=0,862) entre 1995 e 2005. Houve uma diminuição na frequência do uso de óculos de proteção em 2005 (p<0,001). Nenhum estudante utilizou o equipamento de proteção individual corretamente. Houve uma diminuição no relato de esterilização de brocas em 2005 comparado com 1995 (p<0,001). Nenhum estudante foi capaz de descrever o uso correto da autoclave. Desinfecção e uso de barreira na cadeira odontológica foi corretamente realizado por uma minoria de estudantes em 1995 (2,8%) e 2005 (6,1%) (p=0,069). A maioria dos estudantes descartava corretamente os instrumentais pérfuro-cortantes em ambos os anos (p=0,749). As atitudes e comportamentos desses estudantes de odontologia em relação ao controle de infecção são preocupantes. Não houve melhora, e para alguns parâmetros, houve uma piora na realização desses procedimentos no período avaliado.
