Ligas do sistema cobre/alumínio são, atualmente, muito usadas em odontologia restauradora, principalmente devido aos seus baixos custos. Porém sofrem manchamento e corrosão quando utilizadas por mais de 28 dias, de modo intrabucal, em humanos, além do que são atacadas por vários tipos de alimentos e de bebidas. O cobre é essencial para a atividade de várias enzimas importantes, diretamente envolvidas com o metabolismo mitocondrial. O alumínio, ao contrário, é muito tóxico. Pequenas quantidades plasmáticas são capazes de causar graves lesões no sistema nervoso, rins e medula óssea. As mitocôndrias são extremamente sensíveis às mínimas variações da fisiologia celular. As relações diretas existentes entre o metabolismo respiratório mitocondrial e as lesões celulares, têm sido usadas como um parâmetro muito sensível para a avaliação das agressões às células, decorrentes de agentes externos. Este trabalho consistiu nos estudos polarográficos do metabolismo respiratório mitocondrial, a partir de fígados e rins de coelhos, em cujos fêmures foram implantados parafusos confeccionados com ligas de titânio e de cobre/alumínio. Os resultados encontrados não mostraram modificações fisiológicas nas mitocôndrias hepáticas ou renais isoladas dos animais componentes dos diferentes grupos experimentais. Eles indicam uma boa compatibilidade para as ligas de cobre/alumínio e sugerem suas utilizações em odontologia restauradora.
cobre; alumínio; liga metálica; respiração mitocondrial; mitocondria; biocompatibilidade
